sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Seminário Cooperativista fecha com saldo positivo em Manacapuru





Foto por: Priscilla Torres/Coopcom

O público prestigiou o IV Seminário Cooperativista de Manacapuru
 O presidente do Sistema OCB/Sescoop-AM, Petrucio Magalhães Júnior, pediu prioridade nos debates sobre a cadeia produtiva de fibras no Amazonas, com investimentos em pesquisas para produção de sementes. O apelo foi feito na abertura do 4º Seminário Cooperativista de Manacapuru, realizado pelo Sistema OCB/Sescoop-AM e a pela Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru (Coomapem), no último dia 30/8, no balneário do Serviço Social do Comércio (Sesc), no município de Manacapuru.

O objetivo do evento foi discutir, promover e definir políticas de extensão para cadeia produtiva de juta e malva e de outros segmentos em que as cooperativas atuam em todo estado. Participaram do encontro além de cooperativistas, produtores, empresários e representantes de órgãos de fomento da produção rural do governo do estado e do governo federal.

“Essa atividade requer que todos nós façamos um esforço para estar sempre debatendo com os produtores, em busca de alternativas para aumentar a produtividade e melhorar a rentabilidade da agricultura família", discursou o presidente, reafirmando a importância econômica do cooperativismo para o Amazonas. "A OCB-AM cumpre o seu papel para alavancar a produção em parceria com a Coomapem, que representa 30% da produção do estado. Devemos nos unir para podermos discutir a forma mais digno para aqueles que trabalham e vivem dessa atividade”, convocou.

A presidente da Coomapem, Eliana Medeiro, falou da importância do Sistema OCB/Sescoop-AM no crescimento e na capacitação do cooperativismo no município e sobre a presença das autoridades locais e instituições parceiras para debater a situação dos produtores de fibra. “É importantíssima essa parceria com o Sistema OCB/Sescoop-AM, pois nos possibilita o envolvimento maior com autoridades, instituições e produtores de juta e malva. Nós da cooperativa facilitamos o acesso ao crédito junto às instituições financeiras. E, por isso, somos muito otimista com o trabalho de fibra no estado, porque é a principal renda de Manacapuru e municípios vizinhos. Vejo com muito entusiasmo, porque sou uma lutadora incansável pelos direitos dos nossos produtores rurais”, afirmou.

Eliana Medeiros anunciou que entre os dias 17 e 21 de setembro está prevista para acontecer, em Manaus, a primeira reunião da Câmara Setorial de Fibras Vegetais do Ministério da Agricultura, com visitas ao município de Manacapuru (AM) e Santarém (PA). Eliana representa o Sistema OCB Nacional nessa Câmara, criada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo ela, a ideia é estender as dicussões sobre a categoria de produção de fibra com os representantes do Ministério.

O chefe do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater), Alfredo Pinheiro, do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), iniciou o ciclo de palestras falando sobre “Políticas de extensão para a cadeia de fibras”, com a intenção de apoiar a comercialização e estrutura atual. Alfredo Pinheiro falou dos problemas e da qualidade das sementes vindas de Bragantina (PA), que os produtores estão reclamando que só nascem 50% do total plantado. “A produção de semente de juta e malva é um processo diferente da produção de fibra. A fibra é produzida em área de várzea; já a semente, só pode ser produzida em terra firme e, para isso acontecer, o estado precisa fazer um alto investimento para garantir a compra dessas sementes. Ocorre um desencontro entre o período em que o produto é ofertado para compra e o ideal para o plantio no Amazonas”, concluiu.

O gerente do Banco do Brasil de Manacapuru, Gilberto Figueiredo, foi o segundo palestrante da noite e apresentou o tema “Crédito rural em Manacapuru” para levar as alternativas de recursos específicos para produtores de fibra. “O Banco do Brasil tem trabalhado em parceria com a Coomapem um convênio firmado por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), onde a cooperativa encaminha para o banco via web a proposta de financiamento do produtor e recebe a aprovação dessa proposta no ambiente da cooperativa, ali é realizado a assinatura do contrato com o agricultor”, disse.

Gilberto Figueiredo também falou sobre a burocracia, valores de juros e carência para o processo de financiamento dos produtores de fibra. “Dentro do Pronaf temos a linha de crédito que vai até 10 mil reais com taxas de juros de 1,5% ao ano, o processo de dumentos fica aos cuidados da cooperativa e o prazo para pagar o financiamento é de um ano após a data de entrada no Pronaf”, concluiu.

Fonte: Coopcom - Cooperativa de Comunicação do Amazonas

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