Comércio da fruta no entreposto só poderá ser realizado com o uso de caixas de papelão ou plásticas padronizadas
O mês de setembro começou diferente para o produtor rural Adir Antônio da Silva. Pela primeira vez, ele trouxe para a CeasaMinas os abacaxis que produz em caixas plásticas padronizadas e higienizáveis. Antes, a fruta era transportada e comercializada a granel, apoiada sobre capim. “O capim é anti-higiênico e pode trazer animais da lavoura para o mercado”, alerta o produtor. A nova postura de Adir visa atender à regra que passou a vigorar em 1° de setembro, segundo a qual o comércio de abacaxis no entreposto de Contagem só poderá ser realizado com o uso de caixas de papelão de primeiro uso ou plásticas padronizadas nos modelos 6418, 6424 e 6431.
A nova medida foi solicitada pelas próprias entidades representativas dos produtores rurais e comerciantes de abacaxi, sendo acertada em reunião com a Administração da CeasaMinas. Por enquanto, ainda é permitido embalar o produto no mercado e comercializar os abacaxis a granel. Na etapa seguinte, a CeasaMinas voltará a se reunir com produtores e comerciantes para debater a entrada somente de abacaxis embalados. “Vale lembrar, no entanto, que o uso da caixa de madeira, mesmo a nova, está proibido”, avisa Joaquim Alvarenga, chefe da Seção de Agroqualidade.
Segundo ele, a adesão dos produtores está sendo positiva, embora a venda a granel ainda seja maioria no mercado. “À medida que forem percebendo as vantagens, eles entrarão no processo”, acredita. Essas vantagens já estão sendo sentidas por Adir. “Na semana passada, gastei R$ 1 mil com caixas de madeira. Com o plástico, meu custo semanal não passará de R$ 400”, calcula. “O plástico é tudo. Quem aderir vão sair na frente. Vai chegar um ponto em que os produtores vão ficar com vergonha de trabalhar com o capim”, diz o produtor.
Lojas Os benefícios não se restringem aos produtores no Mercado Livre do Produtor (MLP). Entre os lojistas, as vantagens das embalagens plásticas também já começam a ser conhecidas. “Para a qualidade do abacaxi, contribuiu demais. Agora ele está mais resistente e com mais brilho”, descreve Ildeu de Paula Ferreira, dono da D´Paula. “O que eu descarregava em 2 horas, agora descarrego em 20 minutos. Além disso, eram 300 frutas perdidas a granel. Agora, são 30 frutas perdidas com a caixa. E mesmo assim são frutas que já saíram da lavoura ruins. A perda com o transporte é quase zero”, aponta.
De acordo com Joaquim Alvarenga, tradicionalmente a maior parte dos abacaxis chegava ao entreposto a granel, sendo embalada no próprio mercado em caixas de madeira reutilizadas. A prática da reutilização contraria as normas vigentes, em especial a Portaria 816/06 do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que trata da prevenção a pragas. Segundo Joaquim, o aumento da fiscalização pelo IMA levou produtores e comerciantes a optarem pelo papelão de primeiro uso e o plástico padronizado. A norma visa facilitar a adequação dos usuários ao processo de modernização das embalagens na CeasaMinas.
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