segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Setor primário se reúne com o Basa em Parintins


Diárcara Ribeiro/Assessoria de Comunicação
Sistema FAEA-SENAR
A pecuária e a produção agrícola de Parintins foram fortemente afetadas pela cheia recorde deste ano. Para obter a retomada da atividade e sanar as pendências financeiras, os produtores rurais do município estão aguardando a liberação do dinheiro disponibilizado pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), que soma R$ 350 milhões de incentivos para o Norte do país. Destes, a expectativa é que o Amazonas cumpra a meta R$ 200 milhões.

Em sessão especial no município, no último dia 27, o superintendente estadual do Banco da Amazônia (BASA), José Alves Bezerra, acatou as reivindicações dos prejudicados. De acordo com Bezerra, o Banco é sensível à situação dos produtores, e que está seguindo as leis que o banco exige.

O presidente da Associação dos Pecuaristas de Parintins, Lucivaldo Pereira, disse que a preocupação da classe é com relação à renegociação das dívidas. “O importante é encontrar soluções para os problemas. Fomos procurados pelos pecuaristas, discutimos a situação. Tivemos duas enchentes e uma estiagem, o que prejudicou todo o setor primário. O que queremos é que através do crédito, possamos recuperar a atividade produtora”. Segundo, Lucivaldo Pereira, o rebanho do município em 3 anos teve uma perda de 30%, atualmente conta com 110 mil cabeças.

Através do Sindicato Rural de Parintins e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), a sessão reuniu mais de 300 pessoas, que tiveram a oportunidade de tirar dúvidas. Bezerra, afirmou que BASA, continua realizando a análise da dívida rural com o valor inicial abaixo dos 20% que, até então, era o porcentual mínimo exigido pelo banco. Com relação à exigência de licença ambiental para os produtores rurais, poderá ser apresentado o comprovante de adesão ao Cadastro Ambiental Rural – CAR.

“Estamos preocupados com o índice de endividamento em Parintins e no Baixo Amazonas. Já trouxemos até o município o Dr. Edvaldo Brito, perito judicial e técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que atendeu gratuitamente os pecuaristas e produtores, realizando o recálculo das dívidas. Nesse sentido hoje estamos orientando os pecuaristas que estão sendo alvos das execuções judiciais apresente esse recálculo, para que o judiciário reconheça que a dívida apresentada pelo Banco da Amazônia, não corresponde ao valor inicial”, esclareceu o presidente da FAEA, Muni Lourenço.

O deputado estadual Sinésio Campos (PT), destacou que a reunião foi válida. “O crédito emergencial deve ser constante e não deve causar situações burocráticas. Cada região tem suas peculiaridades, o que tem que ficar claro é os projetos e as demandas. Vamos fazer reuniões em outros polos também. O importante é a liberação dos créditos”.


Diárcara Ribeiro
Assessoria de Comunicação
Sistema FAEA-SENAR

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