Na manhã da última terça-feira (16) durante abertura do XII Seminário de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas o Secretário da Produção Rural, Eron Bezerra, destacou a importância de projetos como o Amazonas Rural, que é desenvolvido pelo Governo do Amazonas.
De acordo com Eron a população do Amazonas gira em torno de 3,5 milhões, o que gera um consumo anual de 1.280 toneladas de alimento por ano a um custo de 2,56 bilhões de reais. “Nós podemos produzir esse alimento no Amazonas gerando emprego e renda ou comprar de outros estados transferindo essa renda para esses estados. Nós precisamos de 64 mil hectares, ou seja, 0,4% da nossa área, já temos aproximadamente 2% desse total alterados. O Programa Amazonas Rural foi lançando com a finalidade de superar a irracionalidade, que é importar comida”.
Amazonas Rural
O Programa Amazonas Rural se destina a atender os 276 mil postos de trabalho agrupados em 6532 comunidades na capital e no interior do Amazonas. Tem como objetivos a autossuficiência alimentar; dinamização das cadeias produtivas; modernização do campo; agregação de valor da matéria-prima, elevação do padrão de renda dos homens e mulheres do campo. “Nós da Secretaria de Produção Rural queremos aumentar a economia do estado e crias alternativas a Zona Franca de Manaus, até para que possamos torná-la mais competitiva. Ressaltou Eron”.
No Amazonas Rural serão investidos 1 bilhão de reais, através de linhas de crédito dos quais 700 milhões provêm da iniciativa privada; 200 milhões de parceiros e 100 milhões do Governo do Amazonas. Já foram desenvolvidas dentro do programa ações estruturantes como a criação de um Marco Legal para organizar as normas e conjunto de leis aprovadas pela Assembleia Legislativa, realização do primeiro concurso público da Sepror em 56 anos de existência, plano de cargos, carreiras e salários, Lei Geral da Aquicultura, Lei de Regularização Fundiária, entre outras. Ainda serão contratados 170 técnicos do projeto residência agrária.
Outros projetos também estão sendo desenvolvidos como a recuperação de 4 mil quilômetros de vicinais, Aquisição de 300 tratores, 20 mil análises de solo, pesquisas em citros e pesca, além do beneficiamento dos produtos com agregação de valor. A Sepror já é responsável pela produção do Bacalhau da Amazônia, que é produzido a partir do pirarucu manejado da reserva de Mamirauá e que foi aclamado na Rio +20 como um dos melhores exemplos de sustentabilidade.
As ações finalísticas do Programa visam garantir no estado a segurança alimentar, produção de 100 mil toneladas de peixe; fruticultura, produção de 5 mil toneladas de borracha e a mobilização de 9 mil seringueiros, mil planos de manejo simplificados. Ainda esse ano serão distribuídos 2 mil kits aos seringueiros. Serão implantados 6 bacias leiteiras no Amazonas produzindo aproximadamente 9 milhões de litros de leite.
Representatividade do setor primário
Muni Lourenço, Presidente da Federação de Agricultura do Amazonas, Faea; ressaltou a importância que o Governo do Amazonas tem dado ao setor primário. “Uma das nossas principais bandeiras é sensibilizar o Governo do Estado, através da Sepror para reforçarmos a assistência técnica e extensão rural. Todo o setor tem dado apoio ao programa e hoje temos uma relação convergente entre a classe patronal e os produtores”.
O Superintendente do Ministério da Agricultura, Ferdinando Barreto, aproveitou a oportunidade para lembrar de que há mais de 70 anos o Ministério da Agricultura tem trabalhado em prol de políticas públicas para o setor primário e lamentou que algumas prefeituras não colaborem com esse trabalho.
O XII Seminário de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas acontece nos dias 16 e 17 de outubro a partir das 08h30 na sede da Faea na Rua José Paranaguá, 435 – Centro. No primeiro dia de encontro também participaram do evento representantes do Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas do Amazonas, Sebrae; Companhia Nacional de Abastecimento,Conab; Organização das Cooperativas Brasileiras, Sistema OCB; Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas, Idam e diversos líderes de comunidades.
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