quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Agricultura familiar é premiada


Os premiados: exemplos para todo o paísPaulo de Araújo/MMAOs premiados: exemplos para todo o país
Vinte cinco experiências bem sucedidas são publicadas em livro para servir de exemplo a outras regiões

ISABEL FREITAS

Para ajudar no desenvolvimento de políticas públicas para a Agricultura Familiar, o Departamento de Educação Ambiental, da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente lançou, na noite de quarta-feira (28/11), a publicação “Boas Práticas em Educação Ambiental na Agricultura Familiar”. A proposta é reunir experiências bem sucedidas nesta área para servir de base para as próximas ações do governo. O evento abriu a programação do Seminário de Boas Práticas em Educação Ambiental na Agricultura Familiar que segue até sexta-feira (30/11) no anexo do ministério, na Avenida 505 Norte, em Brasília.

O livro selecionou 25 casos de todo o Brasil. De acordo com o gerente do Departamento de Educação Ambiental da SAIC, Nilo Diniz, a iniciativa trará princípios importantes de como criar soluções de sustentabilidade e que podem ser expandidas para a agricultura familiar. “Agora teremos o conhecimento de como os agricultores se articulam para garantir a produção, mão-de-obra e o acesso aos recursos naturais e, a partir dai, poderemos desenvolver ações que atendam aos anseios e necessidades da classe para todo o Brasil”, complementou.

VENCEDORES

Entre os vencedores estão experiências aplicadas na Caatinga, Mata Atlântica, Amazônia e no Cerrado e os temas vão desde o uso da biodiversidade, passando por capacitação de madeireiros até curso de especialização técnica em saúde ambiental para população do campo.

A iniciativa visa enriquecer o Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar (PEAAF), lançado em maio deste ano, e formar um banco de dados com as experiências que disponham de comprovação prática nos mais distintos públicos da área, sejam camponeses, agricultores assentados da Reforma Agrária, povos tradicionais, extrativistas, pescadores entre outros. “Não estamos desenvolvendo políticas públicas dentro de um gabinete. Estamos indo direto na fonte para descobrir o que realmente funciona e como propor soluções para desafios sociais, econômicos e ambientais”, argumentou Diniz.

Segundo Censo Agropecuário 2006, a agricultura familiar representa 84,8% dos imóveis rurais e ocupa 24,3% das áreas agrícolas. Eles são, ainda, responsáveis por grande parte da produção nacional de diversos produtos indispensáveis na mesa dos brasileiros, como mandioca, feijão, milho e leite. Além da importância econômica, a atividade favorece o emprego de práticas produtivas ecologicamente equilibradas, como a diversificação de cultivos, menor uso de insumos industriais e a preservação do patrimônio genético.

O Seminário Boas Práticas em Educação Ambiental na Agricultura Familiar usará como ponto de partida a publicação e durante os dois dias de evento promoverá oficinas e mesas redondas com representantes das 25 experiências selecionadas.

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