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Cooperativismo de Roraima mostra bons exemplos de intercooperação
O presidente do Sistema OCB/Sescoop-RR, Sílvio Carvalho, concedeu entrevista exclusiva ao Jornal Amazonas Cooperativo na qual falou sobre o cooperativismo na região Norte e, particularmente, a respeito das ações levadas a cabo em Roraima para desenvolver segmentos da economia. Segundo Carvalho, por ser um Estado novo, Roraima ainda se organiza juridicamente para criar leis de incentivos às cooperativas, mas já têm bons exemplos de como a união de pessoas pode levar desenvolvimento aos trabalhadores do Estado. Amazonas Cooperativo - Como está o cooperativismo na região Norte? Sílvio Carvalho – Entendo que merece destaque os trabalhos de intercooperação realizados entre os Estados da região Norte e organizados pelas cooperativas. O bom exemplo disso foi o III Sueama (Simpósio das Unimeds dos Estados da Amazônia), organizado pelo sistema OCB/Sescoop-AM em parceria com a FAMA (Federação das Unimeds dos Estados da Amazônia) em 2 de dezembro, o qual deu oportunidade de reunir vários setores do cooperativismo do ramo saúde, além de cooperativas de trabalho, serviços, transportes e agropecuário. Esse evento foi importante porque permitiu aos setores cooperativistas mais conhecimento e entendimento do quanto às cooperativas são necessárias para o desenvolvimento da região, na geração de emprego e melhor distribuição de renda, fazendo com que diminua a taxa de desemprego e aumente a inclusão social. O III Sueama também foi importante por destacar o fato da ONU ter declarado 2012 como o Ano Internacional do Cooperativismo, como o slogan “Construindo um Mundo Melhor”. AC - Como está o cooperativismo no Estado de Roraima? SC - Roraima é um Estado novo e a organização também é nova, mas hoje temos oito ramos organizados no nosso sistema, dos quais dois merecem destaques, ramo transporte, organizados através de cooperativas de transportes de cargas e escolar, táxi e transporte de cargas internacionais. E o ramo agropecuário, que é organizado por intermédio de pequenas cooperativas, como temos no Sul de Roraima, na cidade de Caroebe, onde pequenos produtores rurais trabalham em regime de economia familiar e conseguiram se organizar de tal forma que tiraram de suas vidas a figura do atravessador e agora negociam direto com o mercado consumidor. Hoje, eles conseguiram agregar mais valor aos seus produtos e estão tendo maior rendimento. AC - Como está o relacionamento entre as cooperativas e o Poder Público em Roraima? SC - Nós estamos construindo junto com o governo de Roraima todas as condições que as cooperativas precisam, políticas públicas adequadas para o desenvolvimento do cooperativismo. Ainda estamos trabalhando uma lei de incentivo ao cooperativismo e ao associativismo no Estado. Nós já implementamos apoios ao cooperativismo com diversos prefeitos que se elegeram na última eleição. Temos a promessa do governo do Estado de incentivar a criação de uma cooperativa de crédito, e com o governo federal, através da Universidade Federal de Roraima, fizemos uma excelente parceria na qual estão sendo formadas quarenta e oito pessoas em pós-graduação em gestão de cooperativas. Há uma grande aproximação com os governos dos três poderes para desenvolvermos juntos diversas ações. No entanto, temos algumas barreiras a superar, que são: a indefinição do setor fundiário, que precisa se organizar, e a entrada definitiva da Venezuela no Mercosul, pois este país pode se tornar uma grande parceiro nosso. Fonte: Sistema OCB/Sescoop-AM Texto: José Polari/Coopcom – Cooperativa de Comunicação do Amazonas |
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Cooperativismo de Roraima mostra bons exemplos de intercooperação
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