terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Omar Aziz recebe representantes do setor agropecuário amazonense

Foto por: Priscilla Torres/Coopcom

Petrucio Magalhães, Munir Lourenço, Rubens Rodrigues, Eron Bezerra e Adjuto Afonso
Omar Aziz recebe representantes do setor agropecuário amazonense


O governador do Amazonas, Omar Aziz, recebeu hoje, dia 4 de dezembro em seu gabinete o presidente do Sistema OCB/Sescoop-AM, Petrucio Magalhães Júnior, para reunião na qual discutiram medidas emergenciais para garantir a venda de sacarias de fibras vegetais.

Outro assunto tratado na reunião foi a venda de milho aos produtores rurais, por meio da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), uma vez que o estoque desse produto é baixo no Amazonas e isso vem afetando fortemente o setor agropecuário.

Petrúcio estava acompanhado do presidente nacional da Conab, Rubens Rodrigues, do superintendente regional do órgão no Amazonas, Thomaz Meirelles, e do presidente da FAEA (Federação da Agricultura do Estado do Amazonas) Muni Lourenço. Todos saíram otimistas em relação às propostas apresentadas pelo governador para atender as demandas do setor.

Ao término da reunião, o vice-governador José Melo falou sobre as medidas a serem adotadas pelo executivo estadual. Com relação a troca de matéria prima das sacarias, Melo disse que o governo apóia e está de acordo com a nota técnica apresentada pela Conab, que garante a viabilidade da compra do estoque das indústrias locais, hoje estimada em cinco mil toneladas.

Segundo Melo, isso estimulará toda cadeia produtiva de juta e malva porque, em seguida, as indústrias comprarão o estoque das cooperativas que produzem, beneficiam e armazenam a matéria prima. Para Melo, é urgente uma solução do problema agora para evitar que quando chegue o momento da colheita da safra desse ano a cadeia produtiva não esteja “emperrada”.

Quanto a questão da venda de milho, Melo informou que o governador já entrou em contato com o ministro da Casa Civil do governo federal para tratar da revogação do ato que proibiu os leilões da Conab no Amazonas.

Para o presidente do Sistema OCB/Sescoop-AM, Petrúcio Magalhães, Omar Aziz se mostrou sensível com o problema enfrentando pelas cooperativas agropecuárias e apoiará a proposta que garante a compra de sacarias através da Conab. Petrúcio disse estar preocupado com o atual estoque de produtos de sacarias na indústria, sendo necessária a imediata intervenção do governo federal na compra do produto.

Segundo o dirigente cooperativista, a medida a ser tomada pelo Ministério da Agricultura, de substituir a sacaria de polietileno pela de fibra de juta e malva, nos estoques do governo, vai injetar novo ânimo nos produtores cooperados amazonenses. "Hoje, a atividade de fibras vegetais está em plena expansão e não podemos deixar que isso retroceda agora, por isso é importante a participação do governo federal comprando o excedente da produção", disse Petrúcio.

Já o presidente nacional da Conab, Rubens Rodrigues, declarou que o órgão trabalha uma nota técnica detalhando as formas de como seria feita a substituição da sacaria de plástico pelas de juta e malva. Essa nota será remetida à Câmara Setorial de Comércio do Ministério da Agricultura e, em breve, o governo terá uma posição sobre o assunto.

Com relação ao retorno dos leilões de milho no Estado, Rodrigues comentou que a Conab aguarda a revogação do ato governamental que proibiu os leilões para retomar a atividade. Ele garante que não faltará o produto para o pequeno e médio produtor e que o setor primário do Amazonas não será afetado pela falta do produto.

Para o presidente da FAEA, Muni Lourenço, os agricultores do Amazonas não podem ser afetado pela falta de milho, que é um produto que está na base de todos os ramos do setor primário. Segundo ele, se faltar milho no Estado, a produção de ovo, que é o único produto no qual o Amazonas é autossuficiente, estará condenada à morte, levando com ele diversos outros setores da pecuária.

José Melo fala sobre cooperativismo - "O cooperativismo é o melhor caminho para desenvolver a economia de regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que existe, e isso serve não só ao Amazonas, como em qualquer lugar do mundo. Ao se juntar as forças de trabalho, as pessoas passam a ter maior poder de negociação e a produzir com custos menores. No entanto, o cooperativismo é cultural e, não é fácil. O Amazonas vem tentando há mais de vinte anos fortalecer esse segmento. Só que a cooperativa não funciona por vontade do governo, através de decreto. É preciso que haja cultura dos cooperados de se unirem e entenderem que cada um precisa dar sua cota de sacrifício para que quando a produção for vendida, lá na frente, todos possam desfrutar dos resultados. O cooperativismo é a forma mais correta, saudável e rentável que existe. No caso do Amazonas seria o ideal para desenvolver a economia de municípios com baixo IDH. Mas é bom lembrar que no Estado já existem bons exemplos de cooperativas que estão funcionando muito bem em alguns municípios do Amazonas".

"O governo do Estado mantém uma política de incentivo às cooperativas tanto em relação à Secretaria de Produção Rural - Sepror, a Agência de Fomento do Estado do Amazonas - Afeam, e a Agência de Desenvolvimento Sustentável - ADS, que é o órgão que ajuda as cooperativas a levarem a produção até o mercado consumidor. No entanto, existe um quarto fator que é a cultura do cooperativismo, a vontade das pessoas de se unirem para viverem sobre as regras da cooperativa, que nem sempre é fácil de seguir".

Fonte: Governo do Estado

Texto: José Polari/Coopcom – Cooperativa de Comunicação do Amazonas

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