quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Primeiro leilão de laranja do ano tem 73,08% de comercialização


Primeiro leilão de laranja do ano tem 73,08% de comercialização

Foram arrematados prêmios para comercialização de 4.457.585 caixas

Atualizada às 20h54

Mário Brasil
Foto: Mário Brasil / Agencia RBS
Prêmios arrematados nos leilões garantem aos citricultores a remuneração de R$ 10,10/caixa
No primeiro leilão realizado neste ano pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para equalizar preços e apoiar o escoamento da safra de laranja foram arrematados prêmios para comercialização de 4.457.585 caixas. O volume corresponde a 73,08% dos prêmios oferecidos para escoamento de 4.362.449 de caixas de 40,8 quilos.

O custo dos subsídios aos cofres públicos foi de R$ 17,9 milhões. Em São Paulo os citricultores arremataram prêmios para venda de 4.362.449 de caixas (72,7%) e em Minas Gerais para 95.136 caixas (95,1%). Os prêmios arrematados nos leilões garantem aos citricultores a remuneração de R$ 10,10/caixa, que é o preço mínimo estabelecido pelo governo federal para apoiar a comercialização. No leilão de hoje os prêmios saíram a R$ 5,50/caixa em Minas Gerais e a R$ 4/caixa em São Paulo. Em Minas o prêmio saiu pelo valor de abertura, mas em São Paulo houve deságio de R$ 1,50/caixa. O governo subsidia a diferença entre o valor do prêmio e o preço de referência.


O leilão de hoje foi o décimo primeiro realizado pela Conab para apoiar a comercialização de laranja nesta safra, para evitar que se confirmassem as previsões de produtores e indústrias de que haveria forte perda de frutas nos pomares por causa do excesso de oferta. Ao todo foram ofertados prêmios para 40,7 milhões de caixas, dos quais foram arrematadas 30,190 milhões de caixas, sendo 29,838 milhões em São Paulo e 351,9 mil em Minas Gerais. O custo do subsídio acumulado até agora é de R$ 135 milhões.
O presidente do Sindicato Rural de Taquaritinga (SP) e da Câmara Setorial de Citricultura, vinculada ao Ministério da Agricultura, Marco Antonio dos Santos, afirmou que devem ser realizados mais dois leilões antes do encerramento da safra e no total devem ser arrematados prêmios para escoamento de 40 milhões de caixas. Ele calcula que, por falta de mercado, cerca de 25 milhões de caixas de laranja tenham deixado de ser colhidas e apodreceram nos pomares, volume que teria sido maior se não houvesse o apoio dos prêmios do governo.
Marco Antonio afirmou estar conversando com o governo para que os mecanismos de apoio à comercialização sejam mantidos na próxima safra, a fim de assegurar renda aos citricultores. Ele estima que na próxima safra deva haver quebra entre 25% a 30% em relação às 365 milhões de caixas colhidas no ciclo atual, por causa da incidência de doenças como o greening e do arranquio de pomares velhos e degradados, que serão renovados ou cederão espaço ao cultivo da cana-de-açúcar. 

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