Data: 15/04/2013 | ||
Sediada pela primeira vez em Manaus, a 6ª reunião da Câmara Setorial Nacional da Cadeia Produtiva de Fibras Naturais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, trouxe estimulo e novidades para os produtores de fibras naturais do Amazonas. O evento ocorreu na última quinta-feira (11/04), no Auditório do Centro Cultural dos Povos da Amazônia.
Durante o encontro foi anunciado pelo superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), Thomaz Meirelles, que o órgão vai comprar as sacarias de juta e malva das cooperativas e indústrias do Estado. “Esse é um momento muito importante para cadeia de fibras”, ressaltou ainda durante seu discurso o trabalho realizado pelos juticultores diariamente.
“A compra de sacarias pela CONAB, é sem dúvida uma medida necessária nesse momento, que foi fruto de uma atuação articulada, que vai ajudar o produtor e ao mesmo tempo se tornar uma medida de apelo ambiental, visto que a sacaria é confeccionada com fibras 100% nacionais, substituindo os sacos plásticos”, destacou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço.
Outra novidade, foi à sinalização pública da Embrapa para ajudar a desenvolver uma máquina descortiçadora de fibras. “Hoje os produtores de fibras ainda trabalha como antigamente, um trabalho braçal, sujeitos a acidentes com animais, quando os trabalhadores tem que ficar dentro da água. Para dar agilidade e segurança para o produtor a máquina é um dos assuntos pautados”, avaliou Lourenço.
Durante o painel “Medidas importantes da cadeia de fibras”, apresentado pelo representante da CNA, Muni Lourenço, e pela representante da OCB, Eliana Medeiros, destacaram algumas demandas, como por exemplo, a existência de agentes financeiros em municípios produtores de fibras; Aquisição de fibra pelo governo Federal; Levantamento de safra via satélite usando a tecnologia da CONAB (geosafras) em parcerias com instituições que operam Satélites no Estado, entre outras.
Para dar mais impulso, foi reativada a Câmara de Fibras no âmbito estadual, segundo o presidente da Câmara Nacional, Wilson Andrade, a ideia é que cada Estado possa formar uma Câmara Setorial de Fibras Naturais, no caso da Amazônia Juta e Malva, em outros lugares seda natural, bambu, piaçava, entre outras. “Isso nos vai dar força para que, na Câmara Nacional em Brasília no Ministério da Agricultura, possamos trabalhar, brigar e buscar mais recursos para os projetos que precisamos”.
O secretário de Produção Rural, Eron Bezerra, anunciou que o pleito foi apresentado ao governador do Amazonas, Omar Aziz, está analisando com toda simpatia e provavelmente deverá anunciar em Manacapuru o reajuste da subvenção pago pelo governo aos produtores no valor de R$ 0,20 para R$ 0,40 centavos. Produtor rural, Raimundo Nonato da Silva, 75 anos,que trabalha a 35 anos com com Malva e Juta, é morador da comunidade Paraná do Espírito Santo do Meio, no município de Parintins, disse que saiu esperançoso. “Valeu a pena participar, saio acreditando que podemos melhorar a atividade”. Visita O Brasil produz 14 mil toneladas/ano de juta e malva, deste cultivo o Amazonas é o responsável por 90%. A atividade envolve cerca de 7.000 famílias, atingindo 16 municípios. O Estado conta ainda com três indústrias. Logo após a reunião, os membros da Câmara Setorial visitaram in loco a Brasjuta no Distrito Industrial. Conhecendo o processo de fabricação de sacos para embalagens de produtos como café, cacau e batata. Diárcara Ribeiro Assessora de Comunicação Sistema FAEA-SENAR |
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Reunião da Câmara Setorial anuncia incentivos para os produtores de fibras no Amazonas
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