| O Seminário Cultivo e Produção Racional da Borracha no Estado do Amazonas, realizado nesta segunda-feira (06/05), pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA) e Embrapa Amazônia Ocidental, trouxe uma perspectiva real para as indústrias que utilizam a matéria prima e hoje estão importando de outros Estados, e para o produtor que terá renda garantida com uma maior produção, utilizando seringueiras resistentes ao mal das folhas.
O mal-das-folhas, causado pelo fungo Microcylus ulei, foi um fator negativo para a expansão da heiveicultura no Amazonas. Com a pesquisa foi mostrado que o cultivo racional pode ser realizado utilizando clones resistentes. O pesquisador, Everton Rabelo Cordeiro, explicou que, "Esse material foi pensado à 22 anos atrás. O clone chamado de cultivar, é uma planta proveniente do cruzamento de outras duas ou três plantas. Todas seringueiras mais de espécies diferentes, para obtermos o resultado que a gente quer no caso resistente ao mal -das- folhas e com maior produtividade."
Alguns pontos positivos foram destacados para a implantação da pesquisa no Estado, como a disponibilidade de tecnologia (EMBRAPA), clima favorável, demanda aquecida e a questão ambiental de manter a floresta em pé. "Esse evento é muito importante porque ele é o marco inicial da cultura da seringueira no Estado do Amazonas no modo racional, a ideia é de que a gente possa utilizar tanto para o pequeno produtor, quanto para o médio e para o grande", destacou o pesquisador.
De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço, "A pesquisa dominada pela EMBRAPA, trouxe uma perspectiva muito positiva para que possa dar um salto com o cultivo racional. A EMBRAPA dará um presente para os produtores que terão aumento significativo em sua renda, gerando empregos no interior além de dar viabilidade para a indústria, Outro ponto a ser destacado é que o produtor pode plantar outra cultura entre as seringueiras".
No Amazonas cerca de 20 municípios produzem comercialmente, como Boca do Acre, Itacoatiara, Borba, Lábrea, Nova Olinda do Norte e Urucará. Segundo a Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), foram produzidas 800 toneladas. O pesquisador, José Olenilson Costa, explicou durante a apresentação que a ideia seria a implantação de 08 unidades demonstrativas, cada um ateria o tamanho de 4 hectares /500 árvores no Estado do Amazonas. A produtividade média por cada árvore é de 3,0 kg. O tempo de formação é do 1? ao 6? ano. Com o inicio da produção no 7? ano é de 30 % do total da área plantada e no 8? ano é de 70% do total da área plantada.
o presidente da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (AFEAM), Pedro Falabella, destacou os incentivos do Governo com o setor, que financia desde o seringueiro, a pavimentação dos ramais, os kits sangrias, rancho de alimentos, as cooperativas e associações que compram a borracha, como também ajudou duas fábricas no município de Manicoré e Iranduba,e financiando uma parte da indústria de pneus em Manaus.
Participaram da reunião, ADS, AFEAM, SEPROR, OCB-AM, CONAB, MAPA, representantes de deputados estaduais e de empresas privadas. # VEJA FOTOS SOBRE ESTA NOTÍCIA
Diárcara Ribeiro FAEA/SENAR | |
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