O pâtissier-chocolatier francês Daniel Briand (www.cafedanielbriand.com)
realizou, nos dias 23 e 24 de janeiro, uma oficina de confeitaria no Clube de
Mães Maria de Nazaré, na comunidade São Sebastião do Rio Cuieiras, Baixo Rio
Negro (Amazonas).
O workshop fez parte das atividades do projeto “Eco Polos Amazônia XXI”, desenvolvido pelo IPÊ com parceria do Fundo Vale. As aulas foram direcionadas para a capacitação em técnicas clássicas de manipulação de geleias, biscoitos e chocolates com base em insumos amazônicos, com o intuito de aprimorar a qualidade dos produtos fabricados atualmente na comunidade. O Clube de Mães, onde a oficina aconteceu, é um local onde um grupo de mulheres se reúne para fabricar doces e biscoitos com frutos típicos da Amazônia como cubiu, cupuaçu, castanha, entre outros. Os produtos geram uma renda extra às famílias das mulheres e ainda contribuem para o reconhecimento da importância da sociobiodiversidade local.
A proposta de melhorar essa produção com oficinas gastronômicas segue o
conceito do projeto do IPÊ, que é o de criar e fortalecer as cadeias produtivas
sustentáveis da Amazônia, no Baixo Rio Negro. Em 2013, o chef do restaurante
Banzeiro, de Manaus, Filipe Schaedler, também realizou um workshop com
comunitários na região a fim de trocar conhecimentos e estimular o uso dos
produtos locais na culinária.O workshop fez parte das atividades do projeto “Eco Polos Amazônia XXI”, desenvolvido pelo IPÊ com parceria do Fundo Vale. As aulas foram direcionadas para a capacitação em técnicas clássicas de manipulação de geleias, biscoitos e chocolates com base em insumos amazônicos, com o intuito de aprimorar a qualidade dos produtos fabricados atualmente na comunidade. O Clube de Mães, onde a oficina aconteceu, é um local onde um grupo de mulheres se reúne para fabricar doces e biscoitos com frutos típicos da Amazônia como cubiu, cupuaçu, castanha, entre outros. Os produtos geram uma renda extra às famílias das mulheres e ainda contribuem para o reconhecimento da importância da sociobiodiversidade local.
Sobre a experiência
Vivendo no Brasil há 18 anos, onde mantém um reconhecido café e doceria, em
Brasília (DF), Daniel Briand ficou animado com a oportunidade de colaborar com o
projeto “Eco-Polos Amazônia XXI”. “Fiquei muito contente com o convite e aceitei
imediatamente. Estou tendo o prazer de conhecer a Amazônia através da culinária,
dos doces, e espero poder contribuir com essa experiência”, afirmou.
Para o confeiteiro, a troca de experiência proporcionada pela atividade foi
enriquecedora tanto para as mulheres como para ele, que se disse impressionado
com o trabalho desenvolvido nas comunidades.
“Essencialmente eu gosto muito dessa troca, vou aprender com elas e elas
comigo.Tenho um longo caminho na confeitaria. Acredito que com a experiência que
tenho, posso indicar coisas que elas possam fazer. Além disso, é interessante
trabalhar com esses produtos que elas usam, tem coisas que eu não conhecia, e
tiro o chapéu para o que elas conseguem fazer aqui, improvisando, em um lugar
com tão pouca estrutura. Para mim, é uma grande satisfação trabalhar com pessoas
que entendem do assunto”, conta.
Durante a oficina, Briand trocou receitas com as mulheres das comunidades e
testou alguns dos processos tradicionais da confeitaria francesa com produtos
como o cupuaçu e a castanha da Amazônia. No caso do cupuaçu, foi preciso adaptar
a receita francesa às técnicas desenvolvidas pelas próprias comunitárias e à
realidade do local, onde, por exemplo, a energia elétrica é escassa. Além disso,
desenvolveu junto com as participantes uma nova receita de cookie de castanha
com gotas de chocolate, que passará a ser produzida pelo grupo de mulheres.
O confeiteiro também ensinou técnicas de manipulação de chocolate, para a
fabricação de bombons com recheio de frutas regionais e castanha da Amazônia. As
mulheres aprenderam a técnica conhecida como temperagem, um processo de
aquecimento e resfriamento do chocolate que permite que ele seja utilizado em
doces, sem perder a textura.
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