quarta-feira, 5 de março de 2014

Índice Ceasa do Distrito Federal acompanha variação de preços de 65 produtos

Eduardo Lima
Nem CEASA temos mais por aqui. Um absurdo! Por que tudo que tem relação com o setor primário no AM acaba sem qualquer explicação e sem resistência.? Preço, quantidade e qualidade dos alimentos que entram e saem de um estado são informações fundamentais para qualquer entidade articular suas ações, seja pública ou privada. Se não fosse o esforço de técnicos do IDAM para levantar os preços de comercialização de alguns produtos regionais estaríamos totalmente desorientados.  Tenho defendido a criação de uma agência estadual para trabalhar os dados estatísticos exclusivos do setor rural local. Também penso que a recriação da CEASA possa ser  avaliada pelo setor agropecuário local.
Foto: Eduardo Lima / Agência RBS
Variação de preços das hortaliças é rotina
Para levar mais informação sobre valores a produtores e consumidores, as centrais de abastecimento do Distrito Federal criaram o índice Ceasa – ICDF. Os preços de 65 produtos são acompanhados diariamente e uma média mensal é publicada no site da central de abastecimento. A variação de preços das hortaliças é rotina.

– Por exemplo, eu vendo a couve a R$ 0,70, R$ 0,80. Hoje eu tive que vender a R$ 0,50 pra não perder – contou a produtora rural, Helena Rodrigues.

O ICDF é baseado no estudo criado pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Os valores de 65 itens são monitorados diariamente para o cálculo do índice, que é publicado uma vez por mês. A escolha levou em conta a importância na alimentação do brasileiro, a relevância da quantidade comercializada, a sazonalidade e a oferta de cada produto.

– Os principais produtos da mesa do brasileiro estão incluídos: batata, cebola, alface, tomate; as principais frutas, como banana e maçã; além de verduras, como agrião e brócolis. Alguns produtos ficaram de fora, como a tangerina, que não tem o ano todo, por conta da sazonalidade, daí ela pode deteriorar o cálculo do índice. Não tem como realizar a cotação diária do produto – explica o economista da Ceasa do Distrito Federal, Erick Farias.

Em janeiro, o ICDF teve alta de 2,54%. Os setores de verduras (2,33%) e legumes (13,43%) foram os responsáveis. A beterraba (49%), a cebola (53%) e o chuchu (55%) foram os itens que mais encareceram.

– Podemos destacar o preço da cebola, que foi um dos produtos que mais subiu. O produto está vindo de Santa Catarina e o frente encareceu muito, além da procura – relata o agrônomo da Ceasa do Distrito Federal, Marcos Franco de Paiva.
– É possível balizar as políticas públicas tanto do Distrito Federal, quanto da região integrada de desenvolvimento econômico, os 21 municípios da rede que fornecem aqui pra Ceasa, além de outros Estados que também fornecem aqui como Bahia, Tocantins, São Paulo e Estados do Sul. É importante também para os produtores saber o que está acontecendo no mercado, o que está faltando no mercado, ocorrendo as principais altas e baixas de preços e depois disso, mostrar o que pode influenciar o preço no varejo – ressalta Farias.
Segundo a produtora rural Ivanilde Piass, através do índice pode-se ter consciência de como está o mercado, o que está faltando, o que tem em excesso.

– Isso ajuda muito na hora de você cobrar o valor da sua mercadoria – afirma Ivanilde.

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