O governo está propondo aos empresários novas parcerias para a construção de um modelo de diversificação e expansão econômica do desenvolvimento orientado pelo viés da ciência e tecnologia, disse o secretário de estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Thomaz Nogueira, na abertura dos trabalhos das Câmaras Setoriais, um colegiado com representantes da indústria, comércio, agropecuário e serviços. Um passo seguro nessa direção, sugeriu, pode ser o redirecionamento de investimentos para projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) a partir de abatimentos do Imposto de Renda das empresas.
“Vamos trabalhar para criar um ambiente de negócios favorável e competitivo”, assegurou Nogueira, ao apresentar aos representantes do setor produtivo o modelo de estruturação da Seplancti, criada a partir da extinta Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan), absorvendo as atribuição de ciência e tecnologia, orçamento, mineração e recursos hídricos, em março deste ano, no bojo da reforma administrativa implementada pelo governador José Melo.
Na estruturação da nova Seplancti, detalhou o secretário, está claramente definida as bases para o fortalecimento do Polo Industrial de Manaus e a construção de um projeto efetivo de diversificação da economia a partir da exploração da imensa potencialidade de recursos.
Inserida no organograma da Seplancti, a secretaria executiva de Ciência e Tecnologia é comandada pelo pesquisador Estevão Monteiro de Paula, um dos mais renomado da comunidade científica do País e com larga experiência em gestão neste setor, o qual terá a tarefa de definir ações estratégicas e políticas públicas de desenvolvimento.
A Secretaria Executiva de Desenvolvimento terá a tarefa de implementar políticas de diversificação econômica, mineração, geordiversidade, recursos hídricos e desenvolvimento e econômico. Também agrega atuará no controle de incentivos, planejamento, estudos, pesquisa e informações e monitoramento da gestão, sob o comando de Nivaldo Mendonça.
Thomaz Nogueira também apontou como um dos grande desafios a gestão orçamentária do Estado. “Temos a tarefa de fazer com que o Orçamento caiba no Estado”, resumiu.
RESPONSABILIDADE E PRUDÊNCIA
Thomaz Nogueira explicou para os empresários a necessidade das medidas de ajuste que vêm sendo adotadas pelo Governo para conter os impactos da crise econômica brasileira sobre as finanças do Estado.
Por determinação do governador José Melo, a Seplancti e a Sefaz estão trabalhando, detalhou o secretário, para buscar um equilíbrio entre receitas e gastos com pessoal, implementando medidas internas de controle de desperdício.
A conjuntura adversa atual, traduzida por aumento dos juros, diminuição da atividade econômica e queda na oferta de emprego não pode mais ser ignorada e deve ser enfrentada, disse Nogueira. “Pela primeira vez na série histórica de fevereiro, desde 2000, não houve geração de emprego”, exemplificou.
“Não há outra saída senão a prudência, a extrema cautela”, argumentou o secretário ao apontar o quadro de retração da arrecadação estadual no primeiro trimestre na faixa de R$ 260 milhões, o equivalente a um recuo de 10,5% no período. Em todo o País, no primeiro bimestre de 2015, foram fechadas 80.732 vagas de empregos com carteira assinada no País. A queda em fevereiro, de 2,4%, foi a maior desde 2009. O Amazonas também está gerando menos empregos formais, com redução de 2% no número de vagas este ano.
FÓRUM
Instaladas em março de 2003, as Câmaras Setoriais são uma iniciativa do Governo para consolidar parcerias com o setor produtivo por meio do debate com o objetivo de definir políticas industriais que estimulem o desenvolvimento econômico do Estado.
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