quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Instituto Desenvolver mostra resultados da política de Ater no Amazonas

Desconhecia essa ação. Tinha vontade de conhecer mais detalhes dos trabalhados realizados em Boca do Acre, Pauini, Canutama, Lábrea e Tapauá. Essa notícia foi divulgada no site da SEAD, ex-MDA.

Uma parceria firmada entre o Instituto Desenvolver e a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) tem resultados que mostram bem a diferença que a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) faz na vida das famílias que ganham a vida com a produção rural. Nesta quinta-feira (21), os técnicos do Instituto apresentaram a representantes da Sead, em Brasília, os frutos de dois contratos de Ater que beneficiaram pescadores no Amazonas. 
Foram dois anos de trabalho, muitas horas de viagem e inúmeras histórias para contar. Ao todo, 1.600 famílias foram beneficiadas: 400 unidades produtivas em Boca do Acre e Pauini; e 1.200 em Canutama, Lábrea e Tapauá. “É um pessoal que precisa muito de assistência técnica. São famílias que vivem basicamente da pesca e do extrativismo, a maioria com uma renda muito baixa. É um povo com características muito especificas”, explicou o presidente do Instituto, Claudivan Alves Neto, durante a reunião.


Os trabalhos feitos no contrato foram além da Ater, atendendo demandas dos produtores da região, que, aliados à pesca, trabalham também com outros tipos de cultivo. Além do apoio técnico para o manejo dos peixes, os técnicos promoveram oficinas sobre outros temas, como horta orgânica, cultura da banana e manejo do cacau. “Eles conseguiram desenvolver um trabalho superior ao que a gente havia contratado. A partir da assistência técnica, se derivaram várias outras ações”, apontou Ricardo Reis, coordenador de fomento à Ater da Sead. 
Ricardo ainda ressaltou que os resultados apresentados reafirmaram a importância da assistência técnica para fazerem as políticas públicas chegarem aos agricultores familiares. Durante a apresentação, Adenilson de Miranda, gerente de programas do Instituto Desenvolver relatou que alguns agricultores não conheciam nem mesmo Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), que é um dos principais documentos de acesso às políticas públicas para agricultura familiar. “Essa riqueza de informação que a gente levou para essas pessoas é de extrema importância. Você explicar o que é uma DAP e como ela abre portas para outros benefícios foi impactante. As pessoas começaram a perceber a quantidade de políticas que o Governo Federal tem para eles”, disse.  
Adenilson ainda ressaltou que é nítida a diferença das comunidades antes e após os serviços desenvolvidos pelo contrato. “Uma grande conquista foi o reconhecimento do potencial que essas famílias têm que até então elas não tinham a percepção”. Ele ainda destacou que o instituto trabalhou também a questão da integração entre os produtores. “Acho que um dos primeiros impactos foi esse de agregar as pessoas em torno da pesca, promovendo também a troca de saberes”, completou.
 
Durante o trabalho, foi percebida a participação efetiva das mulheres nas atividades e, ainda foi feito o georreferenciamento dos lagos na Resex do Médio Purus, no qual foi trabalhado também o manejo sustentável e comunitário do Pirarucu. 

Juliana Andrade
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de Comunicação
Contatos: (61) 2020-0128 / 0127 e imprensa@mda.gov.br

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