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Tem certas coisas que acontecem por aqui que realmente não consigo entender, ou melhor, a total dependência do modelo PIM/ZFM deve ser a explicação para que a "Compensa" não tenha pensado em outras alternativas econômicas ao nosso estado nas últimas décadas. Estamos no maior estado do Brasil, mas não temos uma produção agropecuária forte, nem ganhamos dinheiro com a floresta em pé. Isso é sinal de incompetência! Acre, Rondônia e Pará já discutem a concessão florestal, inclusive com ações concretas de geração de emprego e renda. E por aqui, qual o Programa Florestal do Amazonas? Ele existe? Estamos cobrando os serviços ambientais que prestamos ao planeta? É lógico que não estamos fazendo nada nessa direção, e é por isso que temos 1,3 milhão passando fome no Amazonas, 322 mil na capital. Em síntese, não plantamos quase nada, nem conseguimos melhorar a vida do caboclo do interior com tanta floresta. O Amazonas é o único estado que não tem concessão, e é, disparadamente, o de maior cobertura florestal. Outro descaso que vai nessa mesma direção. Há anos, venho lutando para que os preços fixados na PGPMBio não se limitem ao custo de produção, mas que sejam acrescidos os serviços ambientais prestados pelo extrativista. Nenhum avanço, nenhum apoio até agora.
Bem, estamos diante de um novo governo, um novo e jovem secretário de meio ambiente, que conta com assessores especialistas no assunto, portanto, espero que o Amazonino coloque em pauta esse TEMA, que também envolve as atividades da ADS. Contudo, antes de falar em concessão florestal, é preciso conhecer o que realmente temos, nossas riquezas, sem prejudicar os atuais guerreiros produtores rurais que, apesar de todas as dificuldades, continuam produzindo alimentos.
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