domingo, 21 de julho de 2013

Imagens (duas fotos) para reflexão do setor primário do AM

No passado, sempre ouvia dizer que o Amazonas não produzia alimentos básicos em razão da inexistência de estrutura para beneficiar e armazenar. A partir de 1982, o Governo Federal acreditou no AM e investiu na construção de vários armazéns no interior, incluindo o de Parintins (origem das fotos). Contudo, o estado não fez sua parte, ou seja, continuou, e continua até hoje, defendendo exclusivamente o  modelo PIM/ZFM. Infelizmente, o  atual apoio dedicado ao setor primário do AM (reconheço que existe) não é, nem de longe, suficiente para garantir nossa soberania alimentar e nutricional. Sem utilização das estruturas do interior, o governo federal iniciou o processo de desativação. Fui contra, e sou até hoje. Penso que poderiam ter esperado mais um pouco, ou seja, acreditar que, um dia, o estado iria investir pesadamente em nossas potencialidades. O armazém da ex-Cibrazem, hoje Conab, no município de Parintins (grande produtor de fibras), já pertence e é utilizado pelo Boi Garantido para guardar alegorias, mas foi construído para secar e armazenar juta, malva, milho, feijão etc.
 
Toda vez que visito Parintins, e passo por esse local, fique triste e vejo o quanto desperdiçamos oportunidades para melhorar a vida no interior.
 
Ainda este ano, Parintins teve uma safra de fibras (juta e malva) que, por falta de armazéns (é isso mesmo), não foi possível o governo federal efetuar a aquisição garantindo o preço mínimo.
 
Ainda tenho esperança, e vou continuar lutando...

Armazém construído para beneficiar e armazenar grãos e fibras, foi comprado pelo Boi Garantido, e hoje serve guardar o que vcs estão vendo. Cadê a juta, malva, milho, feijão, arroz, castanha, borracha etc ? Somente quando o modelo PIM/ZFM acabar, vamos ter a exata ideia do tempo que perdemos para aproveitar, SUSTENTAVELMENTE, o potencial do setor primário do meu Amazonas.

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