A CAIXA continua fazendo propaganda de sua atuação no CRÉDITO RURAL no Brasil. Vi esse anúncio no Anuário Brasileiro da Agricultura Familiar 2018. A CAIXA também continua investindo nos TIMES do futebol brasileiro. Um absurdo! Ainda mostra um barco navegando pelos nossos RIOS passando a impressão que tá atendendo os 275 mil agricultores familiares do Amazonas. Eu quero saber quanto a CAIXA vem aplicando no CRÉDITO RURAL em nosso estado, o Amazonas. Em que atividades? Me parece que a CAIXA vai ser novamente convidada a comparecer no Comitê de Agronegócios da FIEAM/FAEA. Na primeira vez eu estava lá, fiz a pergunta, os números não foram apresentados, mas ficou muito evidente que são inexpressivos para um estado que tem metade da população na pobreza (49,2%). A CAIXA ainda disse que não aplica porque "não tem demanda" e que precisa do IDAM. Quem perde com isso é o produtor rural do nosso interior, que não vê esse dinheiro chegar em sua comunidade. O que me surpreende é que esses temas (crédito e comercialização) não tem entrado em pauta em determinados eventos. Qual a razão? Não acredito que seja para continuar deixando essas comunidades na condição detectada pelo IBGE, na pobreza. Isso não é justo, pois já temos recursos financeiros e políticas para manter os 97% da floresta em pé e levar renda ao bolso dos comunitários. Falta ação em cima dos agentes financeiros, apoio ao cooperativismo de crédito e busca constante aos diversos instrumentos de compras públicas. Longos debates não melhoraram a vida da maioria expressiva das nossas comunidades rurais, vamos nos unir nas "convergências" em defesa do nosso interior. Acesso ao crédito e comercialização são pontos convergentes. Vamos continuar debatendo os pontos "divergentes", mas que as "convergências" sejam prioritárias em benefício do interior. Eu continuo indo aos Shoppings, viajando, tomando meu café, pão torrado, sorvete, lanche, cinema, mas confesso que faria tudo isso com maior felicidade se os recursos financeiros e as políticas já existentes chegassem em maior volume aos quatro cantos do Amazonas. Tenho feito minha parte neste espaço que criei, o Thomaz Rural. Alertando e mostrando números. Aqui não tem partido político, defendo todos os tipos de produção com foco na renda do produtor rural, preços acessíveis ao consumidor e dentro dos parâmetros legais. Em síntese, defendo foco nas "convergências", e a continuidade dos debates nas "divergências". Hoje, tá ao contrário, longos debates nas "divergências" e nenhum foco nas "convergências". A maior prova disso está na remuneração aos extrativistas que já tem produtos coletados amparados na PGPMBio. TODOS recebendo abaixo do preço mínimo (buriti, andiroba, borracha, piaçava, cacau, açaí). Esse é um ponto convergente, mas não entendo o silêncio, não entendo ficar fora de pauta dos recentes eventos. |
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