Os avanços em pesquisas visando à exploração mineral, com resultados promissores em prospecção de Potássio no estado do Amazonas, já é uma realidade. Em Audiência Pública nesta segunda-feira (17) na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), através de propositura do deputado estadual Sinésio Campos (PT), foi debatido a exploração do minério, como também formalizado um grupo para dinamizar os trabalhos. O Brasil consome milhões de toneladas de potássio por ano para abastecimento agrícola, por se tratar de um ingrediente de fertilizantes. Desse total, o país importa entre 90% e 92% do Canadá e da Rússia, dois grandes produtores.
O Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas, Muni Lourenço, representando a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), alertou que o alto grau de importação do minério é preocupante. “Esse é um tema estratégico para a produção rural brasileira. O quadro é preocupante em relação ao agronegócio, pois temos um alto índice de dependência de importação para um segmento é tão importante para o desenvolvimento nacional, e principalmente para a produção de alimentos para a população”.
Lourenço, destacou que o consumo anual de fertilizante hoje é estimado em 28,3 milhões de toneladas, “Um fator preocupante, é a excessiva produção desses minérios em poucos países , e ai você tem um monopólio de produção o que pode representar um controle de preço desse mercado. Para se ter uma ideia o Brasil produz apenas 8%”, avaliou que o país tem potencial para aumentar a produção anual de fertilizantes e uma dessas alternativas é a exploração da jazida de potássio na Amazônia.
Durante o pronunciamento, o presidente da FAEA, alertou que a produção anual de potássio está em regresso se comparado ao mesmo período de janeiro a junho de 2011, “Tivemos uma redução de 9% na produção de potássio brasileiro isso agrava e preocupa a produção agropecuária”.
Pautado pelo ideal de desenvolvimento regional sustentável, o secretario, da Secretaria Executiva de Geodiversidade e Recursos Hídricos do Governo do Estado do Amazonas, Daniel Nava, destacou alguns pontos positivos da exploração na região como: O estado pode vislumbrar um plano de exploração que atraia indústrias de fertilizantes e químicas ao Polo Industrial de Manaus (PIM), com geração de emprego e renda também nos municípios interior onde há depósito do minério, alternativas para suprir a necessidade brasileira de potássio e, ainda, com os mecanismos de proteção da floresta amazônica. “O Amazonas poderá tornar o Brasil autossuficiente em Potássio nos próximos 15 a 20 anos”.
Segundo o deputado Sinésio Campos, que vem encampando a luta pela implementação de uma política mineral no Estado do Amazonas, “Compreendo que o setor mineral é altamente importante para o desenvolvimento de qualquer país ou região. Na Amazônia, o desenvolvimento da pesquisa e exploração mineral tem revelado uma potencialidade considerável de recursos minerais, essa já é uma realidade, e precisamos dela para já”, disse.
Para Airton Claudino secretário da SEPLAM, “Essa tem sido a filosofia básica do governador Omar Aziz, num trabalho para produzir gerar oportunidades, mas não com a ideia de que vamos substituir o projeto Zona Franca de Manaus (ZFM), mas para complementar o trabalho feito”.
Estiveram presentes o Coronel Jorge Fernando Marques de Almeida, representando o Comando Militar do Amazonas (CMA), O superintendente da Companhia de Nacional de abastecimento (Conab); Presidente da Agência de Desenvolvimento Sustentável (SDS); Fieam; Funai; Superintendente da Serviço Geológico do Brasil CPRM/AM, Marco Antonio de Oliveira, entre outras Instituições.
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