“Nossa posição como representante legitima da classe patronal
agropecuária, é que somos terminantemente contra o abate de gado de forma
clandestina. Por vários fatores, como o caso de saúde pública, a questão
ambiental, questão de interesse do produtor porque normalmente o gado que é
abatido de forma clandestina ele tem origem de furto de gado, o abigeato”, disse
em audiência pública, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do
Estado do Amazonas, Muni Lourenço.
O assunto foi debatido entre
órgãos municipais, estaduais e federais, nesta segunda-feira (15), uma Audiência
Pública realizada no Plenário Ruy Araújo da Assembleia Legislativa (ALEAM), por
propositura do deputado Luiz Castro (PPS).
De acordo com o presidente da
FAEA, outro ponto que merece destaque é o fato da generalização. “Somos
terminantemente contra que se generalize a exceção. Até para que não o instale o
alarmismo e coloque uma imagem negativa de um segmento que tem cadastradas
20.000 mil propriedades, envolvendo um contingente de 100mil pessoas”, declarou
Lourenço.
Segundo o dirigente da Agência de Defesa Agropecuária
(ADAF), Sérgio Muniz, em 2012 foram abatidas de forma oficial nos
estabelecimentos inspecionados, 146 mil cabeças de gado, o que equivale a 31 mil
toneladas de carne. “Já solicitamos um mapa dos municípios para analisarmos a
verdadeira situação. Estamos sugerindo também a construção de abatedouros;
Trabalhar com entrepostos e treinamentos”, foram alguns pontos
enfatizados.
O deputado Luiz Castro, concordou que além de cobrar
também deve haver orientação, propôs ainda o um grupo envolvendo diversos órgãos
para que seja definidos alguns termos de ajustamento. O próximo encontro vai
ocorrer na próxima segunda-feira (22/04). “Não podemos trabalhar num rigorismo
exagerado, como também não podemos ser omissos”.
O presidente da
FAEA, Muni Lourenço, pontuou algumas iniciativas do setor. “Custeamos a
elaboração da (PGA) Plataforma de Gestão Agropecuária, vamos ser ate o fim do
ano o quinto Estado brasileiro a ter o sistema eletrônico. Mobilizamo-nos para
sensibilizar o governador para a criação da Agência de Defesa Agropecuária. Para
redução de ICMS para 1% para o abate de gado, dando condições melhores para o
pecuarista leve o gado para dentro do matadouro. Estamos cumprindo nosso papel
na vacinação do rebanho, os índices de cobertura vacinal chega acima a 95%,
estamos criando um fundo emergencial privado para futuras
indenizações”.
Diárcara Ribeiro
Assessora
de Comunicação
Sistema FAEA-SENAR
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