sexta-feira, 3 de maio de 2013

Delegado do MDA toma posse e diz que missão é acabar com miséria

Notícias - 03/05/2013
 
Foto por: Carla Santos/Coopcom

Parlamentares e agricultores participaram da posse do novo delegado do MDA
Delegado do MDA toma posse e diz que missão é acabar com miséria


Com o desafio de integrar os entes do setor primário de todas as esferas governamentais e reforçar a disponibilização de recursos financeiros ao homem do campo, o Ministério de Desenvolvimento Agrário seção Amazonas - deu posse ontem, 2 de maio, ao novo titular da Delegacia Federal do MDA, o agrônomo Arivan Ribeiro Reis, em solenidade na sede do órgão, situado no bairro Aleixo. 

À mesa e na plateia do evento, representantes de órgãos atuantes de diversos setores, entre eles, do cooperativismo, regularização fundiária, produção e abastecimento, crédito rural e assistências técnica. Também prestigiaram o evento os deputados federais Francisco Praciano (PT-AM) e Paulo Teixeira (PT-SP), além do deputado estadual José Ricardo (PT-AM) e o vereador de Manaus Waldemir José (PT).  




Presente à posse, o superintendente do Sistema OCB/Sescoop-AM, Adriano Trentin Fassini, afirmou que a escolha do agrônomo para ocupar o cargo de delegado regional sinaliza uma melhor interação entre órgãos do setor. Ele parabenizou o delegado e estabeleceu uma agenda que deverá ser discutida, em breve. 

“O Arivan tem uma longa história junto ao MDA e, com a sua escolha, acreditamos que poderemos falar de assuntos relacionados aos agricultores familiares, consequentemente, das cooperativas, que são a comercialização e ampliação de mercado para as cooperativas agroextrativistas, a existência de uma assistência técnica ampla e eficiente e uma organização social administrativa. É preciso que o MDA distribua bem os recursos e a tecnologia a fim de que os benefícios alcancem os produtores”, declarou o superintendente.

Coordenador-geral das delegacias federais do MDA, Milton dos Santos Resende, afirmou que é imprescindível organizar o processo de melhoria das políticas voltadas ao produtor rural, iniciada a partir da regularização fundiária, depois pelo acompanhamento técnico e o aumento da possibilidade de angariar recursos para investimento. “Além disso, é preciso que os todos, desde produtores, aos governos e até a sociedade civil participem disso”, lembrou. 

Em seu discurso, o novo delegado, afirmou que a missão dada ao órgão pelo governo federal foi a de acabar com a miséria no País que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em seu último censo, aponta ser de 42% no Amazonas. “É uma árdua tarefa e como pude ver aqui, todos creem que podemos fazer um bom trabalho, mas eu também conto com todos para saber onde estão os gargalos, os empecilhos, os fatores que culminam no andamento do processe de instituição de políticas afirmativas”, disse. 

Entre os pontos interessantes citados em seu discurso estão a distância para prestação da assistência técnica. “As distâncias são as maiores dificuldades que se pode imaginar e hoje, o governo federal tem consciência disso, quando há alguns anos contávamos apenas com 500 litros de combustível para trabalhar no interior, diferente dos 2 mil litros atuais. Ainda são poucos, mas temos as melhores das expectativas”, considerou o delegado. Com a assistência técnica, a renda de um produtor pode ser três ou quatro vezes maior se comparado a um produtor que não conta com o serviço, informou o presidente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal (Idam), Edmar Visoli. 

Outro tópico preponderante é a questão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que financia produtores em projetos individuais ou coletivos com a menor taxa de juros do mercado. Em 2005, os recursos aplicados para esses fins, no Estado, eram de R$ 16 milhões e já em 2011, passaram para R$ 100 milhões. O problema é que mesmo com juros considerados mínimos, muitas vezes em virtude de grandes fenômenos naturais como a cheia ou a seca, resultando na perda da produção, o produtor não tem como comercializar produtos e sanar a dívida com o programa. 

Para finalizar, o número de bancos oficiais tende a ser aumentado. Atualmente, em todo Estado, funcionam apenas oito agência do Bancos da Amazônia, diminuindo ainda mais as chances de acesso ao crédito rural. 

A superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Maria do Socorro Marques Feitosa, afirmou que o acesso aos financiamentos bancários para a produção rural é alcançado a partir da regularização fundiária e que, nos últimos dez anos, o número de assentamentos passou de 35 para 150 em todo Amazonas. 

Estiveram presentes ao evento também a Federação dos Trabalhadores na Agricultura, com Milton Soares, a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), Tomaz Meirelles, o coordenador estadual do Programa Terra Legal, Luiz Antônio Nascimento, a Secretaria de Política Fundiária/SPF, com Lúcio Moraes Carril, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), com Valdenor Pontes Cardoso e Ministério da Pesca e Aquicultura/MPA, Raimundo Nonato Sousa Pereira.

Fonte: Sistema OCB/Sescoop-AM

Texto: Carla Santos/Coopcom - Cooperativa de Comunicação do Amazonas

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