Manejo sustentável de jacarés foi o tema abordado
hoje, 30 de janeiro, no programa Bom Dia Amazônia da rádio Cultura. O
entrevistado foi o biólogo Eduardo Conde de Moura do Instituto de
Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM).
O biólogo explicou que o jacaré não está mais na
lista dos animais em extinção. Segundo ele, a proteção do animal resultou no
crescimento da população, exemplo disso, é a Reserva de Desenvolvimento
Sustentável Mamirauá (RDSM), onde apenas em um setor existem mais de 14 mil
animais.
A resolução CEMAAM nº. 008 de 23 de junho de
2011, permite que jacarés oriundos de Unidades de Conservação de Uso Sustentável
do Amazonas sejam manejados comercialmente por povos tradicionais. Esta ação
favorável ao uso sustentável deste recurso natural permite que o governo do
Amazonas por meio do IDAM canalize esforços para viabilizar a cadeia produtiva
para o manejo de jacarés, inicialmente na RDS Mamirauá .
De acordo com Eduardo Moura, o manejo sustentável
comercial de jacarés analisa parâmetros biológicos como a distribuição,
abundância e estrutura dos tamanhos das populações de jacarés. Além disso, é
necessário identificar as áreas preferenciais que as fêmeas estão realizando
nidificação (construção de ninhos). “Sendo assim, propõe-se o uso sustentável de
uma parcela da população de jacarés em locais definidos como áreas de
comercialização e outra parcela em áreas de proteção”, explicou Moura.
Os modelos seguidos para o manejo sustentável de
jacarés são padronizados e consideram princípios ecológicos fundamentais para a
região Amazônica, obedecendo à legislação vigente para o manejo
extensivo.
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