terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Sistema FAEA-SENAR celebra a inauguração do maior laticínio do Amazonas


  Data: 26/01/2014  
 
Sem dúvida uma excelente iniciativa que merece nosso reconhecimento e pode viabilizar dias melhores aos produtores da região. Contudo, é preciso avaliar o que vem ocorrendo com iniciativas semelhantes no passado (com outros produtos) que tem levado diversos grupos formais para a inadimplência impedindo de operar programas públicos. A "sustentabilidade" dessas iniciativas deve ser buscada intensivamente, contudo, infelizmente não é o que tenho observado. O assunto é do conhecimento do governo e do setor e não pode ser empurrado para depois das eleições de 2014. Recomendo a leitura da revista EXAME desta semana que fala sobre a ZFM.
         
Foi inaugurado na última sexta-feira (24/01) um laticínio na Vila do Novo Céu; autoridades do setor primário e cooperados celebraram essa conquista que vem sendo construída há vários anos. A fábrica é de propriedade da Cooperativa dos Produtores de Leite da Região de Autaz Mirim (COOPLAM), e vai beneficiar direta e indiretamente cerca de 250 famílias. 

De acordo com o presidente da cooperativa, Manoel Maia, o laticínio irá produzir queijos, bebidas láctea, manteiga, creme de leite e derivados. O leite recebido pela cooperativa será de bovinos e de bubalinos. “Este é um sonho que compartilho com todos os parceiros. Vamos oferecer ao mercado produtos com qualidade”. 

O investimento no laticínio está orçado em torno de 2 milhões 625 mil reais. O gerente de Mercado e Agronegócios do Banco do Brasil no Amazonas, Paulo Afonso Pena, destaca, “esse é um projeto antigo que o Banco vem sonhando junto com os produtores, e agora se torna realidade. Estamos auxiliando os produtores rurais na parte de financiamento e no DRS que é o desenvolvimento rural sustentável, principal ponto para esse empreendimento ter dado certo. Esse é um empreendimento fantástico, temos orgulho em participar”.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço e pecuarista em Autazes, foram muitas as dificuldades superadas para que se chegasse à inauguração. A ideia segundo o dirigente é que, além de ter um laticínio para agregar valor ao produto, a produção da matéria prima tinha que melhorar. Na região foi implantado o Programa Balde Cheio.

“O Programa Balde Cheio, está mudando a realidade de dezenas de famílias desta região, que é a maior bacia leiteira do Amazonas. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural ‘SENAR’ em parceria com o SEBRAE, EMBRAPA e outros parceiros trouxeram tecnologias novas, manejo correto, a recuperação de áreas degradadas, e acima de tudo a auto-estima do produtor. Podemos dizer que o Balde Cheio já é uma realidade em Autazes, provando que é possível produzir e preservar”.

Lourenço também ressaltou que é preciso ter um olhar diferenciado para o setor primário. “Não podemos depender exclusivamente do Polo Industrial de Manaus, que há tempos vem sendo atacado. Esse laticínio em Autazes vai ser um divisor de água, fomentando a economia no interior”.

Da mesma opinião discursou o vice-presidente da FAEA, José Azevedo. “Que esse laticínio sirva de exemplo para os demais municípios. A riqueza do nosso Estado não está somente em Manaus, mas no interior também”.

O pecuarista Gilson Serrão, foi um dos cooperados que participaram da inauguração, muito emocionado disse que, “Essa é uma conquista muito grande. Fruto que vai ficar para os nossos filhos, estou muito feliz, quero agradecer a todos que deram apoio para que isso acontecesse”. Serrão participa do Programa Balde Cheio, através dele garante. “Foi muito bom para nós, hoje minha produção aumentou e meus custos diminuíram”, garantiu.

O presidente do Sistema OCB/Sescoop-AM, Petrucio Magalhães, afirmou que a COOPLAM vai se tornar uma das mais importantes cooperativas do Estado do Amazonas. “Uma das características desse grupo foi à persistência, em trilhar um caminho para buscar e concretizar com coragem, a realização deste laticínio. Esse momento vai mudar a história da comunidade e dessas famílias, contribuindo efetivamente para economia, porque dessa cooperativa certamente sairá mais de 20% de toda a produção de lácteos do Estado, é uma fábrica com capacidade de processar 50 mil litros de leite dia. O pecuarista vai se preocupar da porteira para dentro, porque da porteira para fora, ele poderá contar com um instrumento de muita importância que é a cooperativa para conseguir o mercado, a qualidade de seus produtos. Parabéns a todos que fazem parte dessa história”.

Acompanharam a inauguração o presidente do Sindicato Rural de Autazes, Lucivaldo Nery, presidente do Sindicato Rural de Careiro da Várzea, Ademar Marinho e do SINDISUL, Carlos Koch.



Diárcara Ribeiro
Assessora de Comunicação
Sistema FAEA-SENAR

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