As perdas ocasionadas pelos feriados nacionais e estaduais à indústria
brasileira podem atingir R$ 45,5 bilhões em 2014, valor 2,8% maior do que o
estimado para o ano passado. Isso significa dizer que a economia brasileira
deixará de produzir até 3,6% do seu PIB industrial.
Os estados mais industrializados são também os que concentram as maiores
perdas. Em São Paulo, a conta pode chegar a R$ 15,6 bilhões, enquanto no Rio de
Janeiro os prejuízos somam R$ 5,5 bilhões. Minas Gerais e Rio Grande do Sul
podem deixar de produzir, respectivamente, R$ 4,5 bilhões e R$ 2,8 bilhões. As
informações estão na Nota Técnica “O Custo Econômico dos Feriados”, que o
Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) divulga
nesta segunda-feira, dia 24 de fevereiro.
A paralisação excessiva da atividade econômica gerada pelos feriados será
maior em 2014 porque 30 dos 44 feriados estaduais cairão em dia útil, seis a
mais do que no ano passado. Dos feriados nacionais, oito de 12 ocorrem em dia de
semana, originando pontos facultativos ou a prática de “enforcamentos”. É o
caso, por exemplo, do Dia do Trabalho (1º de maio, quinta-feira) e Corpus
Christi (19 de junho, quinta). Os feriados da Independência do Brasil (7 de
setembro), Nossa Sra. Aparecida (12 de outubro), Finados (2 de novembro) e
Proclamação da República (15 de novembro) caem no fim de semana.
Acre, Alagoas e Amazonas são os estados com o maior número de feriados
estaduais em dias úteis (três em cada estado) e, consequentemente, têm maior
perda relativa: 4,4% do PIB industrial. Os prejuízos podem somar R$ 64 milhões
no Acre, R$ 277 milhões em Alagoas e R$ 1,4 bilhão no Amazonas.
Em seguida, com dois feriados estaduais em dias úteis, aparecem Rio de
Janeiro (R$ 5,5 bilhões), Amapá (R$ 40 milhões) e Maranhão (R$ 342 milhões). As
perdas estimadas para esses estados são de até 4% do produto industrial.
São Paulo tem um feriado estadual em dia útil, resultando em uma perda de até
3,2% do PIB industrial. É o mesmo caso de outros 14 estados brasileiros: Bahia
(R$ 2 bilhões); Ceará (R$ 796 milhões); Espírito Santo (R$ 1,2 bilhão); Mato
Grosso (R$ 529 milhões); Pará (R$ 1,3 bilhão); Paraíba (R$ 310 milhões); Paraná
(R$ 2,5 bilhões); Pernambuco (R$ 909 milhões); Piauí (R$ 176 milhões); Rio
Grande do Norte (R$ 299 milhões); Rondônia (R$ 149 milhões); Santa Catarina (R$
2,2 bilhões); Sergipe (R$ 295 milhões) e Tocantins (R$ 188 milhões).
Não haverá feriado estadual em dia de semana em cinco estados brasileiros,
cujas perdas ficarão relacionadas aos oito feriados nacionais: Goiás (R$ 990
milhões); Minas Gerais (R$ 4,5 bilhões); Mato Grosso do Sul (R$ 368 milhões);
Rio Grande do Sul (R$ 2,8 bilhões) e Roraima (R$ 32 milhões). É a situação
também do Distrito Federal, que soma prejuízo de até 374 milhões.
Em busca pela redução do “Custo Brasil” e pelo aumento da competitividade da
indústria brasileira, o Sistema FIRJAN defende a revisão de todos os feriados e
o fim dos “feriadões”. O estudo reforça ainda que esses custos serão ainda
maiores casos sejam decretados feriados nacionais em dias de jogos da seleção
brasileira na Copa do Mundo, além de feriados locais em estados e municípios que
sediarão os eventos, conforme prevê a Lei Geral da Copa do Mundo Fifa 2014 de
Futebol.
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A Nota Técnica O Custo Econômico dos
Feriados está disponível para download no site do Sistema FIRJAN: www.firjan.org.br
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