segunda-feira, 17 de março de 2014

Correios e Banco do Brasil fecham parceria em torno do Banco Postal

Foto por: Thomaz Rural

O presidente do Banco da Amazônia debateu com representantes do setor primário do Amazonas
Os Correios e o Banco do Brasil anunciaram a ampliação da sua parceria em torno do Banco Postal. A previsão é que a empresa postal passe a comercializar todos os produtos oferecidos pelo banco estatal em seus postos de atendimentos a partir do mês de abril.
Hoje, o único investimento oferecido é a poupança, e são disponibilizadas apenas duas linhas de créditos. Também ficou acertado que os franqueadores dos Correios poderão se tornar correspondentes bancários. O Banco Postal só funciona nas agências próprias da empresa.
Os novos termos de parceria entre as duas companhias, são uma etapa intermediaria do plano anunciado em novembro do ano passado de transformar o Banco Postal em uma Instituição Financeira.


Atualmente a parceria funciona no formato de correspondente bancário, com limitações para os dois lados.
O novo acordo, ainda precisa de aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que recebeu a proposta para análise. Se aprovadas, as modificações podem ser colocadas em prática em 30 dias.
A previsão é que o Plano de Negócio das duas instituições financeiras, que terá o controle dividido entre as duas companhias estatais, seja concluída até junho. Se a criação do banco for aprovada este ano, ele começará a funcionar em 2015.
A ampliação da parceria contribuirá para o aumento da rentabilidade por cliente e também pelo número de pessoas que utilizam esses posto de atendimento, que somam mais de 6 mil no país.
Embora seja utilizados por correntistas de todas as classes sociais, o Banco Postal atrai principalmente com renda de até R$ 4,5 mil. Atualmente os principais produtos são contas correntes, poupança, crédito consignado, INSS e pagamento de contas.
Projeção – Com a mudança, a meta é aumentar os negócios com cartões de créditos, seguro para baixa renda, financiamento para todas as modalidades, inclusive veículos e mobiliários, além de produtos para o agronegócio.
Resultados para o interior - O presidente do Sistema OCB/Sescoop-AM, Petrucio Magalhães Júnior, declarou que essa parceria firmada entre o Banco do Brasil e os Correios precisa trazer resultados para o interior do estado. Para o presidente, as cooperativas de crédito também são uma alternativa viável para essa demanda do interior.
“Em Codajás, por exemplo, já temos uma cooperativa de crédito, e em Apuí teremos um PAC do Sicoob. Dessa forma a tendência do Amazonas é crescer cada vez mais”, concluiu o presidente.
Para o superintendente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) Thomaz Meirelles, o setor rural e a classe política do Amazonas devem acompanhar bem de perto essa parceria e passar a cobrar, intensivamente, dessa nova instituição financeira que prioritariamente, na região Norte, ela seja estruturada para operar o crédito rural do Pronaf. Hoje, operam apenas conta corrente, poupança, crédito consignado, INSS e pagamento de contas, mas é o Pronaf aplicado, com qualidade, no interior, que vai garantir emprego, renda e a segurança alimentar e nutricional do amazonense.
“A parceria está nascendo agora, não podemos deixar para cobrar a aplicação do Pronaf pelo Banco Postal só após as eleições de 2014. Já perdemos muito tempo”, disse o superintendente.
Mais agências do Basa - O presidente do Banco da Amazônia, Valmir Rossi, apresentou no dia 13 de março no auditório de Sebrae-AM o Plano do FNO para 2014 e a prestação de contas dos recursos aplicados em 2013, que segundo ele, foi superior a um bilhão apenas no Amazonas .
Presente ao evento, o presidente do Sistema Faea/Senar, Muni Lourenço, falou da necessidade de ampliar o número de agências do Basa no interior do estado. Em resposta aos seus questionamentos teve apenas a promessa de criação da agência de Tefé e mais uma na capital.
Muni também cobrou a implantação do Proinsumos (parceria com o estado), a presença do Basa na Expoagro, a inclusão do APL da Pecuária e, também, agilização na renegociação das dívidas dos produtores rurais atingidos pela atual enchente.
Fontes: Blog Thomaz Rural, Sistema OCB/Sescoop-AM e Faea/Senar

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