terça-feira, 27 de maio de 2014

Construção de armazéns certificados é urgente no Amazonas


A falta de Armazéns certificados (público ou privado) para estocagem de produtos agrícolas é no momento a maior preocupação para os produtores rurais do Estado. A decisão pesa ainda mais quando se trata da comercialização da produção de juta e malva por cooperativas de fibras vegetais, que não puderam ser concretizadas junto à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), devido a não existência de unidades armazenadora certificadas no Amazonas na safra passada.
O momento na atual safra de fibras é bastante delicado, principalmente porque 70% da produção da safra 2013/2014 já foi colhida e a produção não chegou 3 mil toneladas. No caso das cooperativas, a Coomapem (Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru) é responsável pela produção de 180 toneladas, a Cooperjuta pela produção de 672 toneladas. Os dados são do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), datado de 14 de maio deste ano. 
O presidente do Sistema OCB-Sescoop/AM, Petrucio Magalhães Júnior, entidade que representa as cooperativas do Amazonas está intermediando e estabelecendo discussões sobre o assunto, no que tange a disponibilização de galpões certificados. “O assunto requer uma ação imediata para não comprometer a cadeia produtiva de fibras vegetais do estado”, disse o presidente.
O representante da Conab, Thomaz Meirelles, falou sobre os locais adequados para o armazenamento de produtos agrícolas, argumentando que na década de 1980 o Governo Federal construiu uma rede de armazéns em todo o Amazonas, e que, por não existência de uma política voltada ao desenvolvimento do setor agropecuário, foram todos desativados por falta de uso, por tanto, segundo o servidor, o Governo Federal não deve investir na construção de novos armazéns. Chegou  a hora do estado demonstrar que tem interesse e acredita no setor rural.
Além disso, Meirelles ressaltou acreditar que a partir deste ano o Governo Federal iniciará o processo de abertura de edital para compra  sacarias biodegradáveis. 
Thomaz informou que na última reunião do Conselho de Desenvolvimento Regional Sustentável – CEDRS, ficou acordado entre os Conselheiros o encaminhamento oficial dessa demanda ao Governador José Melo, tendo em vista que a Sepror já dispõe do projeto para a construção de galpões no interior.
“Eu entendo que nesse momento, o poder público estadual é que deveria investir na construção de pelo menos três unidades armazenadoras, uma em Manaus e duas nos municípios de Manacapuru e Itacoatiara, para tentar amenizar um pouco os problemas que os produtores enfrentam, e também atender, no futuro uma possível compra de fibras de juta e malva produzida no interior do Estado e também o Programa de Vendas em Balcão”, sugeriu Meirelles.
Para a presidente da Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru (Coomapem), Eliana Medeiro, mesmo que o Governo Estadual disponibilize recurso para a construção de três unidades armazenadoras, o número ainda não será suficiente para atender a demanda dos produtores de fibras do Amazonas, que atualmente enfrenta problemas na produção e armazenamento.
"Só em Manacapuru, o maior produtor de fibras do Brasil, seriam necessários mais de dois galpões, para suprir a necessidade das duas maiores cooperativas de fibras do Amazonas", afirmou a presidente.
Texto: Eliezer Favacho/Coopcom – Cooperativa de Comunicação do Amazonas
Fontes: Sistema OCB/Sescoop-AM, Coomapem e Conab

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