segunda-feira, 19 de maio de 2014

Cooperativistas amazonenses fazem visitas a Batavo e Witmarsun


Conhecer as experiências e as boas práticas de gestão de grandes cooperativas agropecuárias no Paraná foi outra atividade oferecida à comitiva de dirigentes cooperativistas da agricultura familiar e agroextrativismo do Amazonas, que neste sábado, 17 de maio, realizaram visitas técnicas em duas cooperativas do segmento agropecuário que atuam no estado. A primeira delas foi a Batavo e a outra foi a Witmarsun.

O grupo integrado pelo presidente do Sistema OCB-Sescoop/AM, Petrucio Magalhães Junior, o superintendente Adriano Trentin Fassi, o presidente da Fecoop Norte, José Merched Chaar e o diretor da OCB-AM, Dr. Augusto Castilho, além dos presidentes Antônia Eliana de Oliveira Praia (Coopfamma), Terezinha Socorro Lira Ribeiro (Copamart), Manuel Rosário Maia dos Santos (Cooplam), Valter Perin (Coopema), Astrogildo Oliveira da Costa (Coopmas), Jair Rodrigues Arruda (Coopmel), Antônio Carlos Monteiro Fonseca (Agrofrut) e Bento da Silva Oliveira (Ascope), Marinaldo Oliveira da Silva (Coopanore), Eliana Medeiro do Carmo (Coomapem) e José de Jesus Nunes Pereira (Cotam) todos representantes de cooperativas da agricultura familiar e agroextrativismo no Amazonas que tiveram a oportunidade de conhecer a história da Batavo e da Witmarsun.
De acordo com Petrucio Magalhães, a iniciativa de levar os presidentes de cooperativas agropecuárias e extrativistas à Expocoop foi visando ampliar as perspectivas da gestão através do conhecimento de modelos de cooperativas bem sucedidas no Paraná para favorecer o crescimento das cooperativas amazonenses, além de integrá-los, permitindo um ambiente favorável  a realização de negócios intercooperativos.


“O cooperativismo no setor agropecuário e extrativista precisa de resultados mais fortes e eficazes na economia, e essas visitas podem direcionar esse crescimento das cooperativas do Amazonas”, disse o presidente.
A Batavo surgiu em 1928, inspirada no nome de uma tribo do início da era cristã, que habitava o delta do Reno – região de origem da maioria das famílias holandesas radicadas em Carambeí. Na década de 1930, a vida religiosa dos holandeses segue paralelas as atividades agropecuárias e comerciais. No entanto, em 1941, a referência religiosa à região dos fundadores da Sociedade Cooperativa Holandesa de Laticínios dá lugar a um novo nome para a entidade: Cooperativa Agropecuária Batavo Ltda. Em 1970, o grupo passa a atuar também no setor de carnes (suínos e aves). A diversificação na oferta de produtos ajuda a consolidar a Batavo como um grande complexo industrial. No ano de 1980 grandes investimentos foram concluídos, o que transforma a Cooperativa em uma das organizações modelo do segmento no estado do Paraná. Em 1996, a Cooperativa Central associa-se a Agromilk, sociedade composta por 11 cooperativas de produtos laticínios e sediada na cidade de Concórdia, em Santa Catarina. Hoje a marca Batavo é gerida pela BRF, empresa criada após um Acordo de Associação entre a Perdigão e a Sadia, em 2009.
No ano passado, Cooperativa Castrolanda e a Batavo firmaram uma parceria para construir uma nova indústria de leite em São Paulo. Juntas, elas investiram R$ 120 milhões para erguer a primeira unidade de beneficiamento de leite (UBL) das cooperativas fora do Paraná. Inicialmente, a produção era de 500 mil litros por dia, podendo chegar a um milhão gradativamente. A iniciativa gera cerca de 250 empregos diretos e outros 1.260 indiretos.
Witmarsum - A outra cooperativa a ser visitada foi a Witmarsum, que está situada à BR 277 no Km 146 no Município de Palmeira, na Região Sul do Paraná, distante 70 km de Curitiba, capital do Estado. 
Construída por pessoas que vieram da Europa, Menonitas que pertencem ao grupo de alemães russos que tiveram origem na Frísia, no norte da Holanda e Alemanha. “Menonitas” – assim chamados por seu líder espiritual, Menno Simons, um holandês que viveu entre 1492 – 1559, num lugar chamado Witmarsum. São descendentes de imigrantes que chegaram à Rússia, através da Prússia, de onde fugiram do comunismo e descobriram o Brasil por volta de 1930 em Santa Catarina. Após uma longa temporada neste local saíram para algo melhor e conseguiram comprar a Fazenda Cancela de 7.800 ha, que pertencia ao Sr. Roberto Glaser, dando início a formação da Colônia Witmarsum em julho de 1951, dividida em lotes rurais de 50 ha em média, destinada a cada colono. 
Fundada em 28 de outubro de 1952, a Cooperativa Mista Agropecuária Witmarsum Ltda, sucessora da Sociedade Anônima, que funcionava em Ibirama, no estado de Santa Catarina, organizou a migração dos colonos alemães daquela região para a Colônia de Witmarsum no estado do Paraná. O objetivo da então fundada Colônia, era coordenar a vida social e econômica de todos os imigrantes. Hoje a Cooperativa atua na região de Palmeira, Ponta Grossa, Porto Amazonas e Balsa Nova, no Paraná. 
A Cooperativa conta atualmente com aproximadamente 310 sócios, que tiram seu sustento basicamente da agro-pecuária, ou seja, produção de leite, frangos de corte, milho, soja, trigo, etc. 
A Cooperativa tem como atividades industriais a fábrica de rações e fábrica de queijos finos e mantém toda estrutura para recepção e armazenagem de grãos produzidos pelos associados, bem como presta toda assistência técnica veterinária e agronômica, fornece todos os insumos necessários para produção e atua na comercialização da produção de seus associados. 
A Cooperativa é proprietária da Escola, Hospital, Museu que hoje são administrados pela Associação de Moradores.
Texto: Carla Santos/Coopcom – Cooperativa de Comunicação do Amazonas
Fonte: Sistema OCB/Sescoop-AM

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