terça-feira, 3 de junho de 2014

Exigência de nota fiscal eletrônica preocupa agricultores gaúchos


Se no Rio Grande do Sul está sendo problema, fica fácil imaginar o tamanho
do entrave que os produtores e grupos formais do Amazonas estão enfrentando.
Além do custo, o acesso a internet no interior deve ser bem pior do que no RS.
Recentemente, uma associação de Parintins teve que vir até Manaus para resolver
o problema da NFe. Este assunto precisa ser avaliado no estado.
A nota fiscal eletrônica, já obrigatória nas operações interestaduais, passou a ser exigida pela Secretária da Fazenda do Rio Grande do Sul para as operações dentro do Estado também. A cobrança preocupa os produtores rurais, que reclamam da baixa eficiência nos serviços de internet disponíveis no interior.
Luiz Carlos, de Santo Antônio da Patrulha, no litoral gaúcho, já está emitindo suas notas fiscais eletrônicas, mas, para isso, investiu em uma antena para acessar a internet. O sinal na região não funcionava, mesmo com o melhor dos planos das operadoras de banda larga.
Para as propriedades onde não há internet, existe a possibilidade de emitir a nota fiscal manual, que acompanha o produto até o ponto com rede mais próxima. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS) afirma que a nota fiscal eletrônica burocratiza a vida do produtor rural e traz aumento de custos.
– Sem termos uma estrutura completa para o agricultor fazer isso onde ele mora, essa exigência não deveria ter sido implantada. Não somos contrários ao maior controle do Estado na questão da sonegação. Estamos falando da prática do dia-a-dia e de como isso pode funcionar. Na nossa visão isso irá burocratizar, aumentar custos, e talvez não alcance o objetivo que o Estado pretende – analisa o presidente da Fetag-RS, Elton Weber.

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