sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Comentário sobre matéria do EM TEMPO que fala sobre compras para a merenda escolar do estado

Reconheço a importância do PREME operado pela ADS, e de empresários que, com todas as adversidades, investem no interior. A fábrica Maués é exemplo dessa determinação empresarial, e conheço a qualidade de seus produtos. Contudo, entendo que já chegou o momento do estado avaliar o preço verdadeiramente pago ao agricultor familiar, pescador, extrativista e piscicultor quando as compras no PREME forem feitas através de agroindústrias privadas. O estado precisa saber de quem as empresas privadas compraram a matéria prima (pescado, frutas, castanhas) e, ainda, a que preço. O PAA operado pela CONAB é assim (o Governo Federal tem o nome dos produtores, produtos e preços pagos. Isso facilita a supervisão direta junto ao produtor. Todos esses dados estão no Portal de Transparência do PAA) Aliás, o PREME tem como foco e objetivo único beneficiar o agricultor familiar do Amazonas, igual ao PAA. Nesse sentido, entendo que as cooperativas, associações e colônias teriam que ter uma maior participação no orçamento (com alguns limites fixados por grupo formal), avaliar se as compras de empresas privadas estão enquadradas no Lei do PREME e, caso esteja, exigir que essas empresas apresentem o nome do produtor, o que foi comprado, quantidade e preço. Agindo assim, no meu entendimento, estaríamos defendendo os interesses dos 99% de agricultores familiares do AM.

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