sábado, 11 de março de 2017

Lembrei do saudoso amigo Pedro Falabella com essa notícia que vem de Rondônia

" Rondônia amplia mercado para floresta plantada e passa a exportar teca para os Estados Unidos"

Quando esteve na AFEAM, Pedro Falabella, assessorado pelo Jornada (hoje no Incra), idealizaram o PLANTAR O FUTURO, que tinha a TECA entre as prioridades. Mas, como tudo no setor primário do Amazonas não conta com o apoio dos comandantes da "Compensa" (apenas a ZFM é prioridade) o projeto não evoluiu, e agora é Rondônia que vem mostrando que o Pedro estava correto. Até quando?
Floresta plantada é uma das apostas para o desenvolvimento econômico sustentável de Rondônia. Em maio de 2016, o governador Confúcio Moura sancionou a lei que regulamenta o cultivo de florestas para aproveitamento comercial. E os esforços para que esta política preservacionista avance no estado não param.
O sócio proprietário da empresa BDX Florestas, Dário Lopes, migrou da extração de madeira nativa para a floresta plantada há cerca de cinco anos. Possui plantio de 55 hectares de teca nos municípios de Costa Marques e Ouro Preto do Oeste. Agora, ele comemora a primeira exportação que terá como destino os Estados Unidos, maior mercado consumidor mundial da espécie.
‘‘Nós fomos procurados por eles [Estados Unidos] para que exportássemos a madeira que produzimos. Isso é fantástico’’, comemorou o empresário, que nos últimos cinco anos exportou cerca de 35 mil metros cúbicos de madeira para mais de 45 países, principalmente do continente asiático.


Em dezembro do ano passado, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) instalou o Conselho Estadual de Política Agrícola para Floresta Plantada (Consepaf), que tem como objetivo assessorar o chefe do Poder Executivo na formulação de diretrizes para esta política. Além de diminuir a pressão sobre as matas nativas, a iniciativa também tem se mostrando um bom negócio.
Segundo Dário, no início o produto era mandado em toras, era beneficiado na Ásia e de lá era destinado aos Estados Unidos. O grande volume de exportações provenientes de Rondônia chamou a atenção de empresários norte-americanos. ‘‘Era um sonho para a gente que se torna realidade a partir de agora. Nós temos contrato até 2018 de exportar 600 metros cúbicos por mês desse produto já industrializado, o que valoriza em até quatro vezes o valor da madeira’’, afirmou o empresário.
No primeiro embarque serão enviados pelo Porto Público de Porto Velho 120 metros cúbicos de teca proveniente do município de Ouro Preto do Oeste. A saída está programada para esta quinta-feira (12). Dário conta que todos os esforços do governo estadual para que o setor de floresta plantada avançasse nos últimos anos fizeram a diferença para que o mercado externo abrisse portas para a madeira rondoniense.
‘‘O governo contribuiu e muito eliminando toda a burocracia que existia para conseguir a documentação para que pudéssemos exportar. Uma vez que temos o Decreto n° 15.933 que possibilitou a exportação da teca isenta do DOF [Documento de Origem Florestal] por se tratar de um produto proveniente da agricultura, assim como acontece com as demais lavouras. Com essa medida, saímos de uma situação em que nem se falava da exportação de teca para uma em que em Rondônia movimenta milhões de dólares’’, avaliou.
Além disso, o governo oferece outros incentivos fiscais. ‘‘O governo de Rondônia também nos deixa imune no caso das transações de exportação da tributação PIS/Cofins, ICMS e imposto de renda. O que gera riqueza para os produtores rurais e para todo o estado. Isso traz um impacto muito grande para a economia. Rondônia ganha com isso a geração de emprego e renda’’, disse.

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