segunda-feira, 18 de setembro de 2017

FOCO dever ser nas PESSOAS, menos discurso sobre a FLORESTA, mais ação!

A floresta tem milhares de defensores espalhados pelo mundo. Ótimo, entendo as justas razões e agradeço. Mas o que essas pessoas estão fazendo para melhorar a vida desses ribeirinhos que estão nessas fotos e na matéria do EM TEMPO?  Esses ribeirinhos não estão em SHOPPING, estão no interior onde, segundo a matéria, e é verdade, os ALIMENTOS NÃO CHEGAM. Então, como fica a segurança alimentar e nutricional dessa população? O que os defensores da floresta estão fazendo, HOJE, para levar dignidade a UM MILHÃO de pessoas que passam fome no INTERIOR? Como sempre procuro fazer críticas construtivas/propositivas, e não somente criticar por criticar, segue, abaixo, algumas sugestões de PAUTA para os defensores da FLORESTA. Repito, entendo as razões dos movimentos, incluindo o dos ARTISTAS, pois são justos e fundamentados, mas precisamos FOCAR nas pessoas que já estão lá na FLORESTA vivendo mal, muito mal, e inaceitavelmente sendo mal remunerados em atividades legais que já desenvolvem (em outras postagens já listei algumas dessas atividades) Isso não pode esperar!

Algumas sugestões:

1) O governo estadual enrola desde 2013 a adesão ao Programa Federal chamado de GARANTIA SAFRA. Esse instrumento garante mínima renda para os ribeirinhos atingidos por CHEIAS e SECAS no Amazonas, sem comprovação da perda da produção, e com pagamento nas agências lotéricas da CAIXA. Esse programa, há anos, ajuda o Nordeste, mas foi estendido pelo presidenta Dilma ao Amazonas no ano de 2013. Omar, Melo e Davi ainda não assinaram o TERMO DE ADESÃO. Será que o Amazonino vai assinar?

2) Em 2009, o governo federal, na gestão Lula/Dilma, criou a PGPMBio (Política de Garantia de Preços Mínimos da Sociobiodiversidade). Isso mesmo, uma excelente política que fixa preço mínimo para o extrativista de diversos produtos, entre eles o açaí, cacau, borracha, piaçava, castanha, andiroba e tantos outros. Só que essa política fixa um preço mínimo com base no CUSTO DE PRODUÇÃO, mas deveria ir além, afinal de contas o habitantes da FLORESTA prestam um extraordinário serviço ao MUNDO. Então, além do CUSTO DE PRODUÇÃO, esses produtos da floresta deveria ser acrescido de um PLUS AMBIENTAL pelo serviços prestados por esses habitantes da FLORESTA. É aí que os artistas e defensores devem atual, com foco nas PESSOAS que já desenvolvem atividades legais na AMAZÔNIA, mas, como já disse, são mal remunerados. O professor Sergio Gonçalves, da UFAM, tem trabalho de excelência nesse assunto, tem sensibilidade, tem diálogo, vamos aproveitar!

3) A PGPMBio, apesar do enorme esforço da CONAB, não consegue chegar a TODOS os extrativistas, então, tem muita gente que sequer sabe que essa política existe, tem muita gente que habita a floresta vendendo esses produtos abaixo do preço mínimo fixado pelo Governo Federal. O que os artistas e defensores tem feito para que essa política tenha maior abrangência? Estruturar o serviço de ATER pública (IDAM) é o caminho mais curto e rápido, mas não vejo isso nos movimentos pró manutenção da AMAZÔNIA;

4) O que tem sido feito para que os bilhões dos planos safras cheguem aos habitantes da floresta?  Muito pouco, ou quase nada, nossos números são ridículos. Já foram cobrar melhor desempenho da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL no crédito rural? Acho que não! Pois é, mas a CAIXA investe milhões em clubes de futebol, e nos RIBEIRINHOS, o que investem?

5) Existem centenas de satélites rastreando a Amazônia, então, precisamos utilizar essa tecnologia para levar dignidade a essa população, levando o crédito do Pronaf Agroecologia, levando a PGPMBio, levando o GARANTIA SAFRA, finalizando o ZEE, iniciando o ZARC...ETC ETC 


Tem mais, mas fico por aqui!!!


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