Comentários sobre a presença da SEPROR, SEMA, ADS, ADAF e IDAM na FIEAM

A coordenação do Comitê de Agronegócios da FIEAM falhou ao permitir outros participantes quando tínhamos confirmada a presença de toda equipe do Sistema SEPROR e do secretário da SEMA no auditório da FIEAM. O tempo ficou curto demais. Quero agradecer a presença do secretário Aparecido, Sérgio Muniz, Rômulo e Lúcio Flávio pela gentileza de atender ao convite do Comitê. Da mesma forma ao amigo Cândido, da SFA/AM, e ao mesmo tempo pedir desculpas por não ter feito sua apresentação. Era para o Nelson Azevedo ter dito ao prefeito do Rio Preto da Eva e ao IBGE que a pauta era exclusiva do novo comando da SEPROR, mais o MAPA/SFA. Rio Preto da Eva e IBGE ficariam para a reunião final de dezembro. Confesso que fiquei chateado quando entrei no auditório, pois me esforcei, a pedido do Comitê, para convidar o Sistema SEPROR e o MAPA/SFA. Faltou sintonia entre o Nelson e a coordenação, ou melhor, acho que faltou ao Nelson ouvir a coordenação.
Gostei da apresentação do prefeito Anderson, principalmente quando defendeu a criação de um complexo agroindustrial no município, mas ficou totalmente fora do contexto ao mencionar o nome do Pauderney como candidato ao senado em 2018. Nelson deveria ter dito ao Anderson que não cabe no Comitê esse tipo de manifestação, pois já disse isso em outras vezes. Ficou calado!  Assim fica difícil, e é por isso que esses fóruns acabam esvaziando. Nunca vi isso na FAEA, pois o Muni impõe respeito e sabe separar as coisas.  Deixem a  política partidária para 3 meses antes das eleições, agora é hora de união e trabalho para tirar o Amazonas do buraco. Como disse acima, gostei quando o prefeito falou do complexo agroindustrial, aliás, é isso que venho defendendo para a abandonada Central de Abastecimento de Iranduba. Os dois fundos (FPS e FMS) deveriam viabilizar essa estrutura, mas na capital, não no interior (atenderia outros municípios).
É visível a boa vontade do secretário Aparecido em atender tudo e todos, mas também é visível que não sabe por onde começar diante de tanto atraso, de tantas demandas. Achava que ele iria dizer que o Plano Safra do Sidney Leite seria o carro condutor, mas não disse. Como tinha viagem programada não fiquei até o final, mas soube que o Samir, do Açaí Tupã, defendeu a volta do Plano Safra do Sidney Leite. Esse é o melhor caminho. 

Também observei um foco muito forte, tanto do Aparecido quanto do Marcelo, em cima da piscicultura, mas essa atividade é coisa pra gente grande enquanto não resolvermos a questão do acesso ao milho e a soja a preço acessível, ou seja, enquanto não resolvermos o problema do alto custo da ração. Achei legal o elogio feito ao Geraldo, merecidíssmo! Aliás, aprendi com o próprio Geraldão que não existe viabilidade econômica em piscicultura familiar com o atual preço da ração em nosso estado. Tem outra coisa, Geraldo é um excelente técnico, conhecido até fora do Brasil, mas com uma equipe na SEPA que cabe num selfie de celular pouco vamos evoluir. Se não corrigir esse falha, de estrutura, de equipe, a "casa não será arrumada", e Geraldão continuará sendo o ótimo profissional que não sabemos aproveitar. 

Sugestão ao secretário Aparecido: convoque o CEDRS e o CONEPA para ouvir, e depois decidir por onde começar. Se convencer o Amazonino a lançar o concurso público do IDAM já terá sua gestão reconhecida, pode ter certeza, pois esse é o primeiro passo para um Amazonas forte no setor primário.

Também tive boa impressão do secretário Marcelo, mas essas histórias de que tem "muito dinheiro" para aplicar na Amazônia é antiga, assim como é antigo nosso histórico de não acessar por falta de projetos. Diante do pouco tempo (um ano) penso que tem um "feijão com arroz" interessante para começar.

Sugestão ao secretário Marcelo: aproxime sua equipe da Conab. Nossos extrativistas de castanha, cacau, borracha, piaçava, andiroba, açaí e murumuru (em 2018) já fazem parte de uma política que se chama PGPMBio (Política de Garantia de Preços Mínimos de produtos da Sociobiodiversidade). Essa política tem dinheiro, mas estamos deixando boa parte desses extrativistas sem acesso a subvenção federal por falta de uma parceria efetiva do estado. Foque nessa parceria, pois tiraremos muitos extrativistas da condição de extrema pobreza, principalmente os piaçabeiros. O recurso é federal, o caixa do estado fica para outras ações. Chame IDAM e ADS para esse papo com a CONAB.

Gostei de ouvir do Lúcio Flávio a prioridade na cadeia das fibras, incluindo pagamento da subvenção e compra de sementes.

Sergio Muniz, da ADAF, tem sua missão focada na febre aftosa, mas com um olhar especial para a cadeia do queijo artesanal.