A culpa não é da CONAB/AM, muito menos da CONAB/MATRIZ (Brasília), mas da falta de união e de interesse da nossa bancada federal em pressionar o Governo Federal/MDS para liberar recursos para a Conab/AM operar o compra direta de pescado em momentos de pique de safra. A expressiva maioria da nossa bancada foca apenas no SEGURO DEFESO, esquece o desperdício em momentos de safra e, aliado a isso, a baixa renda ao pescador artesanal nesses momentos de super oferta de peixes populares. Temos outros caminhos para ajudar o pescador, mas não são buscados, são esquecidos, mas sabem que existe.
Vejam o que está acontecendo no Nordeste, em Pernambuco:
O governo federal liberou R$ 1,5 milhão para comprar 100.7 toneladas de carne de caprinos e ovinos. Algo em torno de R$ 14,89 kg. Não sou contra a ação que está sendo feita em PERNAMBUCO, é necessária para ajudar o pequeno criador desses animais, mas se liberasse outros R$ 1,5 milhão ao Amazonas certamente compraríamos aproximadamente 750 toneladas de pescados, ou seja, 7 vezes mais considerando o preço de R$ 2,00 kg para o bolso do pescador artesanal que, em momento de safra, não recebe nem R$ 0,50 centavos pelo quilo. No Amazonas, temos metade da população na pobreza, segundo o IBGE. O instrumento utilizado foi o COMPRA DIRETA do PAA, e o nosso PEIXE já tem amparo publicado em Diário Oficial (abaixo). Um detalhe importante, a foto acima, assim como a matéria, deixa evidente a necessidade do produto passar por frigorífico sifado. (exigência indispensável em se tratando de produto animal). Pois é, nesse sentido, soube que o FRIGORÍFICO DA BETÂNIA já está nas mãos do Sistema SEPROR, e me parece que tem o SIE. Portanto, seria o local ideal para ser beneficiado (lavado e congelado), já que o nosso Terminal Pesqueiro de Manaus continua sendo ignorado, abandonado. A Conab/AM pagaria o pescador artesanal (direto na conta ou Ordem Bancária) e o governo estadual bancaria o beneficiamento (lavagem e congelamento/ensacado). Fica a dica ao secretário Aparecido, governador Amazonino, ALEAM e Bancada Federal. Ainda tem tempo, vem a safra de setembro/outubro. Dinheiro tem, falta pressão para ajudar o pescador artesanal. E temais mais, se essa ideia avançar, nada de excluir, por questão política, essa ou aquela entidade que representa o pescador, todos os sindicatos, federações, colônias, associações e cooperativas podem e devem indicar os pescadores, com DAP, que poderão fornecer o pescado. Nossa desunião tá fazendo com que os recursos do governo federal sejam destinados a outros estados, mesmo tendo um potencial pesqueiro reconhecido no mundo. |
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