terça-feira, 29 de abril de 2014

CPRM faz aleta de cheia para este ano

A grande cheia prevista para o mês de junho no Amazonas, segundo o superintendente regional do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Marco Antônio de Oliveira. Mas as chuvas do inverno que se aproxima no Estado serão determinantes para avaliar o comportamento das águas do rio Negro, uma vez que toda a Bacia Amazônica está com o nível dos rios acima das máximas registradas neste período. No início do mês, o CPRM apresentou o primeiro alerta de cheia deste ano no Estado Amazonas. Pelo estudo, o nível das águas dos rios da bacia do Amazonas no primeiro semestre de 2014 deve ficar dentro da normalidade.. O rio Negro deve atingir a cota entre 29,33 metros e 30,03 metros, configurando uma cheia de grande magnitude. A cheia recorde ocorreu em 1953, quando o rio subiu até 29,69 metros alagando as áreas centrais da cidade de Manaus. Hoje o nível do rio já é de 28,19 metros.


Oliveira explicou que as cheias ocorrem em diferentes tempos e espaços na região Amazônica, enquanto na calha central dos rios Solimões, Amazonas e Negro, ela atinge seu máximo em junho. Na região sul do Amazonas, o rio Acre, e na calha do rio Juruá, no extremo oeste, ela atinge o pico entre os meses de março e abril.
CPRM monitora 22 pontos na Amazônia.

O CPRM realiza o monitoramento da rede hidrometeorológica nacional em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA). Como produto, são geradas informações sobre a quantidade e qualidade das águas, principalmente para o planejamento do setor energético do País. Na região Amazônica o Serviço Geológico do Brasil entende que a gestão destes dados deve ser para monitorar e prever eventos extremos de cheias e vazantes – secas.
Marco Oliveira explicou que as cheias ocorrem todos os anos, em maior ou menor intensidade e são o fenômeno natural mais abrangente de toda a Bacia Amazônica. Portanto entender o comportamento dos rios e assim realizar medidas preventivas como os alertas de cheia são fundamentais para que a população e autoridades possam se preparar, caso ocorra um evento de grandes proporções.

“Hoje monitoramos para o acompanhamento desses eventos extremos 22 pontos de toda a Amazônia Ocidental [Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia], compreendendo as principais calhas dos rios, inclusive Caracaraí e Boa Vista. Este Monitoramento é emitido semanalmente para autoridades e imprensa”, esclareceu.
Desde 1989 a CPRM emite o alerta de cheias de Manaus, no rio Negro, onde o primeiro alerta é dado no dia 31 de março, cerca de 75 dias antes que a cheia atinja seu pico máximo, invariavelmente no mês de junho. Esta previsão tem a probabilidade de acerto de 70%. Nos dias 30 de abril e 31 de maio são emitidos os demais alertas, com a confiabilidade aumentando respectivamente para 85 e 95%. No entanto se a cheia for grande, no mês de abril as pessoas já estarão sofrendo seus efeitos. Assim o primeiro alerta de março é considerado o mais importante.// (Kennedy Lira)

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