Por falta de abatedouro de aves no Amazonas as vendas dos criadores rurais com DAP ao PAA e PNAE não podem ser realizadas. Com apoio do PRONAF, criadores da Paraíba conseguiram superar essa obstáculo. Pergunto: o que falta para BB, BASA e/ou CAIXA viabilizarem essa estrutura em MANAUS com o PRONAF?
É no semiárido paraibano, no município de São Sebastião de Lagoa de Roça, a 148 quilômetros de João Pessoa, que está o maior abatedouro de frango caipira do Nordeste. A Cooperativa Paraibana de Avicultura e Agricultura Familiar (Copaf), que atende 422 agricultores familiares de 12 municípios, vende para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e para Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
Somente em 2016, a Copaf obteve R$ 991.880,53 de faturamento com o PAA e R$ 894.580,00 com o Pnae. De todo rendimento, 16% são recolhidos para despesas com congelamento e distribuição, sendo que 84% ficam para o produtor rural. A média da renda mensal de cada produtor é de R$ 2 mil.
Para investir na atividade, 90% dos produtores financiaram créditos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O tamanho médio das propriedades é de três hectares e os avicultores criam os animais no estilo caipira, sem confinamento, sem adição de antibióticos ou promotores de crescimento na ração, além de aguardar um período mínimo de 91 dias para o abatimento.
No processo produtivo da Copaf, quem produz ovos não pode produzir frangos por questão de higiene e de criação diferenciada. O preço do quilo do frango é de R$10,50 e da dúzia do ovo é de R$6,50, ambos os valores são definidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
De acordo com a presidente da cooperativa, Maria Nazaré Santos Barbosa, a produção aviária é a atividade ideal para promover a qualidade de vida da família rural. “A avicultura, para o pequeno agricultor, é um projeto altamente viável porque não é sazonal, consome pouca água e independe de muita mão de obra, pois os próprios filhos e esposa podem contribuir”, garante. Sucesso coletivo Hoje, o abatedouro possui três galpões e tem capacidade para abater mais de 20 mil aves por mês. São vendidos mensalmente entre 300 e 400 frangos por produtor, sendo que o fluxo da instalação industrial é de 5.200 aves por semana e de 4.800 ovos diários. Em cada galpão, o rendimento é de até um salário mínimo por integrante. Um sucesso que se deve à visão empreendedora e cooperativa dos primeiros agricultores.
Foi com a assistência técnica realizada pela Assessoria e Gestão em Estudos da Natureza, Desenvolvimento Humano e Agroecologia (Agendha), que a cooperativa se organizou e conheceu as compras institucionais. Dez agricultores fundaram uma associação de produção de aves, em meados de 2004, e começaram a vender para o PAA. Mas com a necessidade de crescimento e interesse no mercado privado o grupo criou, em 2008, a Copaf, como explica a presidente da cooperativa. “Por ser de tão alto custo, as grandes indústrias têm mais condições de comprar um abatedouro, mas nós nos juntamos e fizemos o projeto que se tornou a realização de muitos sonhos”, afirma Nazaré.
A cooperativa se consolidou a partir de uma parceria entre o Governo do Estado da Paraíba, por meio do Projeto Cooperar, e o Banco Mundial, que viabilizou a aquisição do abatedouro de frangos caipiras. A quantia destinada à construção da obra e compra dos equipamentos foi de R$ 730 mil.
Mariana Guedes
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário Assessoria de Comunicação Contatos: (61) 2020-0128 / 0122 e imprensa@mda.gov.br |
segunda-feira, 9 de janeiro de 2017
PRONAF viabiliza abatedouro de aves na Paraíba. E no Amazonas?
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