Destaco a importância desse encontro no próximo dia 30, pois sempre defendi a regularidade das reuniões do CEDRS (estado) e o fortalecimento dos CMDRS (município), mas a matéria publicada no site da SEPROR (abaixo) me leva a fazer alguns esclarecimentos, que talvez não sejam feitos no dia 30. São eles:
1) Na expressiva maioria dos municípios do Amazonas o CMDRS não funciona. E o sonho do amigo Almir Carvalhal (minha maior referência estadual em conselhos) de colocar todos esses conselhos em plena atividade ainda não foi realizado. Entre os motivos, identifico a falta de apoio, sensibilidade e de conhecimento dos gestores municipais com essa importante ferramenta. Os membros da sociedade civil que participam do CMDRS (Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável) precisam receber ajuda financeira para participar das reuniões mensais, pois normalmente moram na zona rural e tem custo de deslocamento. Os membros do governo não seriam remunerados por razões óbvias. Essa ajuda financeira (sugestão de R$ 100 reais por reunião/deslocamento/alimentação) é fundamental para a maior presença da sociedade civil, caso contrário, a presença, nos que ainda funcionam, continuará sendo quase que exclusiva do governo;
2) A matéria abaixo afirma que esse encontro servirá para receber as demandas dos produtores rurais com a entrega de um documento formal. Se esse for o objetivo principal posso adiantar que nada vai evoluir, será só mais um encontro com longos discursos elogiosos, e nada de concreto. Quem vive no setor sabe a quantidade de vezes que isso já foi feito. Alguém presente a esse encontro precisa dizer que OCB, FAEA, FETAGRI, entre outras, regularmente apresentam propostas aos que chegam no comando do Sistema SEPROR. Fora o documento dessas entidades, lembro do recente encontro estadual no Amazonas Golf Resort com a criação da MATRIZ ECONÔMICA SUSTENTÁVEL. Além desse, lembro, ainda, do Plano Safra lançado pelo Sidney Leite no Centro de Convenções Vasco Vasquez. Em síntese, já tem documento demais identificando as necessidades dos 273 mil agricultores familiares. O que falta é colocar em prática;
3) Tenho certeza que, apesar do pouco tempo no comando, o secretário Aparecido já recebeu tantas demandas que nem em um segundo eventual mandato do Amazonino conseguirá resolver;
4) Então, nesse sentido, se eu fosse o secretário receberia o documento, mas pediria aos conselheiros que definissem três prioridades, três cadeias produtivas para a SEPROR atuar mais fortemente. Eu votaria nas fibras (malva e piaçava), borracha e fruticultura. É impossível atender todas as demandas com a atual estrutura do IDAM. Além dessas 3 prioridades, se eu fosse o secretário lutaria junto ao governador para a realização do concurso público do IDAM/ADAF;
É o que penso!
Veja, abaixo, a matéria da SEPROR.
Na próxima quarta-feira, 30 de novembro, o CEDRS – Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (formado por 37 entidades), em conjunto com CMDRS – Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, de Rio Preto da Eva (RPE), 57 quilômetros de Manaus, realiza a reunião ordinária do colegiado, na Câmara de Vereadores da cidade. “É de fundamental importância que essas reuniões sejam realizadas nos municípios e que as demandas dos produtores de cada cidade sejam oficialmente entregues na presença deles. Isso é compromisso e amor à causa pública”, elogia o Secretário de Estado da Produção Rural, José Aparecido dos Santos, presidente do Conselho Estadual. “É um pré-requisito para diversas linhas de crédito junto ao Governo Federal e os prefeitos mais atentos já colocaram os conselhos em funcionamento”, completou.
Em um estado com dimensões continentais como o Amazonas, a dificuldade logística característica da região amazônica e as necessidades de desenvolvimento econômico, ao mesmo tempo em que se preserva a natureza, exige dos gestores amazonenses muita criatividade e principalmente compromisso. Algumas estratégias para esse processo de desenvolvimento tem grande importância, como os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS), que em consonância com os Conselhos Estaduais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS), identifica, organiza e busca solução para as necessidades dos produtores rurais em cada município, demandas de infraestrutura, de capacitação técnica, de assuntos fundiários, financeiros entre outros.
As reuniões da Secretaria Executiva do CEDRS, para a revitalização dos conselhos municipais, já foram realizadas nos municípios de Itapiranga, Silves, Urucará, São Sebastião do Uatumã e Rio Preto da Eva. Além de promover um debate entre diversos entes atuantes no setor primário, a reunião tem o objetivo de receber, oficial e formalmente, um documento com todas as necessidades e demandas do setor primário de cada município. Para a reunião de Rio Preto da Eva já estão confirmadas as presenças dos representantes de pelos menos 24 entidades, além da Sepror.
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