Essa iniciativa de ligar o produtor rural às redes de supermercados é antiga, mas sempre teve problemas. No início da ADS, ainda na gestão do Valdelino, foi criado esse arranjo com o DB, mas durou pouco. Quando eu estava na CONAB, também tentei aproveitar o projeto da REFAP (Rede de Fortalecimento de Comércio Varejista) para unir as duas pontas (produtor e mercadinhos), mas também não evoluiu. Entre os entraves, destaco:
1) Os nossos produtores tem enorme dificuldade em levar a produção até o supermercado ou mercadinho;
2) Os supermercados exigem a presença de representante dos produtores nas lojas e, também, não assumem os produtos estragados e não vendidos. Custos que o nosso produtor rural não tem como suportar;
3) O preço que os supermercados querem pagar também é um grande entrave, ou seja, querem pagar pouco e ganhar muito;
4) A intermediação por um órgão público é necessária, no caso, esse papel seria da ADS, mas precisa ser transparente e não cobrar nada do produtor rural. Se houver cobrança, essa deve ser oficial, com valor definido e divulgado. Já falei outras vezes, e volto a repetir, a ADS precisa divulgar em seu site o nome de todos os produtores que estão nas feiras, os que recebem a subvenção estadual e, se essa ideia dos supermercados avançar, também divulgar o nome dos produtores que estarão fornecendo.
5) A Central de Cooperativas Agropecuárias que está sendo criada com apoio da OCB tem como articular melhor essa parceria com os supermercados. Nesse caso, não precisaria de intermediação do estado.
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