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Essa notícia me levou a algumas reflexões. Há anos acompanho os números do acesso do nosso produtor rural ao crédito rural dos PLANO SAFRAS. Estamos entre os de menor acesso no país, mais precisamente em penúltimo lugar. O vazio bancário é um dos grandes entraves. Não temos BB, CAIXA e BASA (operadores) em aproximadamente 70% dos municípios. Anos atrás, participando de debates no auditório da FCA/UFAM, defendi o uso de novas tecnologias para fazer chegar, principalmente, o crédito do PRONAF aos 273 mil agricultores familiares. Citei o uso de satélites para esse fim. Hoje, ao ler a notícia acima, vejo que os satélites estão sendo usados para monitorar e MULTAR. Não estou contra essa ação do MPF, IBAMA e ICMBio, se tá errado tem que aplicar a legislação, mas se essa tecnologia está disponível para esse fim qual a razão de não utilizá-la para fazer chegar os bilhões do pronaf ao agricultor familiar do Amazonas? Existem tantas linhas de crédito sustentáveis que se adaptam à nossa região, mas que não chegam ao verdadeiro interessado. Enfim, se a tecnologia é usada para monitor e multar, deveria ser usada para ajudar o agricultor que defende a floresta e está nos lugares mais distantes, sem acesso a bancos.
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