Encerra amanhã, 1º, o cadastramento dos agricultores familiares das comunidades Jequitibar e Iquiri de Vila Extrema/sul de Lábrea (a 702 km de Manaus), que farão parte do Projeto de Reflorestamento em Áreas de Intensa Pressão do Desmatamento no Sul do Amazonas.
O projeto faz parte da parceria entre Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM), Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDS), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Instituto Amazônia (IA) e Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas.
O projeto vai promover a recuperação de áreas degradas de 150 agricultores familiares da região e a regularização fundiária e florestal, das propriedades ocupadas por esses agricultores.
A expectativa é que cada um deles sejam beneficiados com a recuperação de 1,5 hectares de área. O trabalho inicia no mês de agosto, quando será implantado o Sistema Agroflorestal (SAF). Primeiro, serão feitas as destocas (retirada dos tocos) aragem, egradagem (mecanização do solo) e, por último, o reflorestamento com plantas nativas da região: açaí, andiroba, cacau, cupuaçu, guaraná, pupunha e entre outras espécies.
“O projeto é um piloto dentro do Estado, que veio tanto para regularizar o agricultor familiar na situação fundiária, quanto para agregar segurança alimentar ao mesmo, trazendo junto a esses fatores determinantes a conscientização de se manter a floresta em pé”, explicou o gerente da Unidade Local do IDAM/ Vila Extrema do Sul de Lábrea, Josafá Novais Macedo.
Segundo ele, o agricultor deverá entrar apenas com a mão de obra, pois os investimentos são financiados pelo BNDES, por meio do Fundo Amazônia. O Governo do Amazonas, já acessou 20 milhões do Fundo para a recuperação de áreas degradadas e a implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) junto aos produtores das áreas do Estado em que há registro dos maiores níveis de desmatamento.
De acordo com o gerente, o sul de Lábrea possui o maior índice de desmatamento do Amazonas e, o projeto já beneficia os agricultores dos municípios do sul do Estado.
O agricultor familiar, Sérgio Melo, 46, um dos beneficiados, lembrou que antes não havia um projeto que conscientizasse os agricultores a preservarem áreas florestais.
“Antes eu não tinha noção sobre a necessidade de preservar a natureza, mas agora com esse projeto pretendo adquirir conhecimentos de preservação e, além de tudo, ter uma melhoria na parte financeira, haja vista que minha intenção é plantar eucalipto, reforçou.
Fundo Amazônia- O Fundo Amazônia tem por finalidade captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, além da promoção da conservação e do uso sustentável do Bioma Amazônia
Núbia Pereira
Assessora de Imprensa do Idam
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