quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Banco Interamericano de Desenvolvimento financia estudo de cadeias produtivas no Norte

Três Estados da região Norte do Brasil estão fazendo parte de um projeto para o desenvolvimento da cadeia produtiva agrícola, com base no potencial de cada Estado. Os estudos custaram cerca US$ 700 mil e estão sendo financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os resultados serão apresentados a partir de fevereiro de 2014, para discutir a implantação e melhoramento, tanto da produção, quanto da rota de exportação dos produtos.

O produtor Otacílio Frigo, produz açaí há 23 anos, no Belém do Pará. Ele conta que percebeu que havia potencial e decidiu insistir no açaí, que, até então, era explorado apenas na natureza.
– Me diziam que era loucura. Que o açaí só dava na natureza, não tinha como fazer plantação. Me disseram que seria impossível – lembra Frigo.
Após dois anos da plantação, os açaizeiros começaram a dar os primeiros frutos. Hoje, são cerca de 500 hectares plantados, mais 500 com outros produtores.
 
– Hoje nós vendemos para a indústria local, mas a partir de novembro a nossa indústria já vai estar produzindo a polpa, e vamos fazer a transformação deles em polpa, sorvete, açaí, mix, picolé e outros produtos derivados do açaí. Totalmente beneficiando aqui mesmo – disse Frigo.

O produtor está à frente dos demais, já está implantando a fábrica de beneficiamento, enquanto a maior parte do açaí produzido no Estado ainda é enviado para outras regiões para ser processado. É justamente isso que o Projeto Agronegócio Competitivo’ quer mudar. Os produtores do Pará participarão de um estudo que vai elaborar estratégias de diversificação da produção e exportação, incluindo logística.

– Nós definimos quatro cadeias da maior importância, que é a palma de óleo, através do dendê, florestas sustentáveis, o cacau e a fruticultura através do açaí. Essas quatro cadeias vão nos proporcionar  ganho ambiental – disse o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Chavier.
Alem do Pará, os estudos também estão sendo desenvolvidos em Goiás e Tocantins. O presidente da Faepa diz que o objetivo é mostrar aos produtores dos Estados selecionados, as possibilidades dentro da agricultura.
– O estudo vai ser concluído em fevereiro e a sociedade vai participar da sua expansão. Essa transformação envolve a produção. Com produção, junto com educação, vamos fazer isso e eu não tenho dúvida que a geração de emprego e renda para o Estado vai ser da maior importância com contribuição – diz Chavier.

CANAL RURAL

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