quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Agricultura empresarial contrata R$ 73 bilhões. Quanto no AMAZONAS?

Sem banco oficial no interior o AM tem acesso inexpressivo a esses bilhões. Gostaria de saber quanto o BB e BASA aplicaram no setor primário do Amazonas desses R$ 73 bilhões. O interessante e inaceitável é que esse assunto não faz parte da pauta prioritária do setor primário local, enquanto é motivo de muita briga nos demais estados. Os números aqui aplicados não mudam a histórica dependência de alimentos básicos de outros estados. Essa é a verdade, que quase não é dita, mas que compromete a segurança alimentar do amazonense, principalmente dos mais humildes. Dos R$ 10,4 bilhões do Plano Safra da Agricultura Familiar a situação é quase a mesma.
É um grande absurdo o consumidor pagar R$ 12 kg na farinha ova especial. Há quem diga que esse momento é bom para o produtor de farinha. Teoricamente sim, mas diante de tantos atravessadores é preciso avaliar se realmente o agricultor vem se beneficiando dessa alta no preço. Eu penso que não! E tem mais, com esse valor o amazonense de menor salário não tem como incluir esse alimento nas compras mensais. É justo? A maior participação do AM aos bilhões dos PLANOS SAFRAS (Empresarial e Familiar) pode ajudar a virar essa dura realidade, que não é dita, não é discutida, é ignorada e que vem sendo empurrada ao longos dos anos.

Da Redação 

Os financiamentos para a agricultura empresarial de julho a novembro de 2013 somaram R$ 73 bilhões, um aumento de 54,5% em relação ao mesmo período da safra anterior, que foi de R$ 47,2 bilhões

Os financiamentos para a agricultura empresarial de julho a novembro de 2013 somaram R$ 73 bilhões, um aumento de 54,5% em relação ao mesmo período da safra anterior, que foi de R$ 47,2 bilhões. Os produtores rurais contrataram R$ 54,7 bilhões em operações de custeio e comercialização e R$ 18,2 bilhões em investimento.
Entre os programas referentes às modalidades de investimentos, o destaque vai para o Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), que chegou a um total de R$ 1,58 bilhão em operações internalizadas do Banco do Brasil e do BNDES. Deste valor, R$ 838,3 milhões são de propostas em análise, enquanto o outro montante (R$ 744 milhões) refere-se às propostas aprovadas, liberadas e a liberar.
A maior parte do crédito para armazenagem via PCA foi liberado pelo Banco do Brasil. A instituição reservou R$ 1,3 bilhão para projetos de armazéns, enquanto o BNDES foi responsável por apenas R$ 280,9 milhões.
No Programa de Sustentação de Investimento (PSI-BK), que financia máquinas e equipamentos agrícolas, foram aplicados R$ 5,18 bilhões, 42,4% a mais do que o volume observado em igual período da safra passada.
Deste montante, R$ 7,9 milhões foram liberados pelo programa BNDES Cerealistas, que abarca financiamento de projetos de armazenagem. O volume foi 71,7% menor que no mesmo período de 2012.
Entre as linhas de crédito para custeio e comercialização, o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) chegou a um total de empréstimos de R$ 5,12 bilhões - alta de 9,8% em relação aos meses de julho e novembro do ano passado.
Outra linha para comercialização é o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), com juros de 5,5% ao ano. Entre julho e novembro, foram liberados R$ 1,7 bilhão, o que representa 44,5% a mais do que o montante desembolsado pelo governo no mesmo período da safra anterior, de 2012/2013. Para a safra atual, foram disponibilizados R$ 3,18 bilhões.

Agricultura familiar

O volume financiamento para a agricultura familiar também cresceu no período, mas abaixo da velocidade do crédito para a agricultura empresarial e representou apenas 14,2% do volume de crédito desta. Entre julho e novembro, o governo concedeu R$ 10,4 bilhões pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), 49,7% mais que no mesmo período da safra passada.
A avaliação atualizada mensalmente das contratações do crédito agrícola é realizada pelo Grupo de Acompanhamento do Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola do ministério.

Fonte Original: MAPA

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