A
Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura (Sepoa) do Ministério da
Pesca e Aquicultura (MPA) liberou R$ 653 mil para a segunda etapa do Projeto
Pirarucu da Amazônia, desenvolvido nos sete estados da Região Norte e coordenado
por representações de órgãos federais no Tocantins. Os recursos correspondem à
segunda e maior parte do financiamento do MPA ao projeto e vão financiar novos
estudos sobre o Pirarucu nas Unidades de Observação instaladas nos sete estados
da região.
Uma
das atividades previstas para o início de 2014 é a marcação eletrônica dos
peixes, com o uso de chips, para um melhor monitoramento dos animais. O objetivo
é fazer o rastreamento da reprodução do Pirarucu para a identificação dos
plantéis (casais) que geram alevinos (filhotes) de maior qualidade e possam,
consequentemente, aumentar a produção do peixe cultivado.
“O
Pirarucu e o Tambaqui são as espécies que predominam na Amazônia e, portanto,
estão no melhor habitat e têm condições muito favoráveis para serem preservadas
e terem a produção aumentada”, explica a secretária nacional de Planejamento e
Ordenamento da Aquicultura, Maria Fernanda Nince. “Nossa meta principal com o
Projeto Pirarucu da Amazônia é encontrar soluções viáveis e sustentáveis para
termos um salto tecnológico e maior eficiência tanto na reprodução como na
engorda deste peixe, que reúne uma série de qualidades”, completa a
secretária.
O
Pirarucu (Arapaima gigas) é um dos maiores peixes de água doce fluvial do país.
É uma espécie de grande porte, que pode atingir até três metros de comprimento e
pesar até 250 quilos. Costuma viver em lagos e rios de águas claras e calmas –
especialmente, nas épocas de reprodução – e possui características biológicas e
ecológicas particulares.
“É
uma espécie que se reproduz de forma natural e aleatória; ou seja, a
fertilização é influenciada por diferentes fatores, como o clima, a temperatura
da água e a alimentação”, observa Maria Fernanda Nince. “Por isso, para
aumentarmos a produção do Pirarucu cultivado, precisamos saber detalhes do
comportamento do peixe, o que está sendo pesquisado por meio do Projeto”,
completa.
De
acordo com Boletim Estatístico do MPA, a produção nacional de Pirarucu e
Tambaqui em aquicultura chegou a 64,7 toneladas, em 2010. O cultivo destas duas
espécies, principalmente no norte do país, mostra crescimento sustentado: 55,4
toneladas, em 2009; e 46,3 toneladas, em 2008.
Os
recursos – Os R$ 653 mil do MPA foram transferidos para o CNPq
(Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), vinculado ao
Ministério da Ciência e Tecnologia. Além do Conselho, são parceiros do Projeto
Pirarucu da Amazônia o Sebrae e a Embrapa.
No
total, o projeto – que tem vigência até 2015 - conta com recursos da ordem de R$
4,5 milhões. Mais de R$ 1 milhão corresponde a investimento do MPA, cuja
primeira parcela, no valor de R$ 447 mil, foi liberada em novembro do ano
passado.
O Projeto – O Projeto Pirarucu da Amazônia tem o objetivo de desenvolver atividades de pesquisa e transferência de tecnologia em Unidades de Observação (UOs) de engorda e reprodução do Pirarucu, na Região Norte. As ações são acompanhadas pelos parceiros da ação: Ministério da Pesca e Aquicultura – sob a coordenação da Sepoa -, Sebrae, Embrapa e CNPq.
O projeto, que ganhou velocidade a partir de fevereiro de 2012 e tem vigência até 2015, conta com a participação de produtores (privados) de Pirarucu, que sederam suas propriedades rurais para a instalação de 21 UOs. São 14 UOs de Engorda (duas em cada estado) e 7 UOs de Reprodução (1 em cada estado).
Um total de 30 pesquisadores atuam no Projeto, que também é acompanhado por especialistas de universidades e institutos federais de pesquisa. Os estudos são organizados em seis eixos: Genética, Sanidade, Nutrição, Engorda, Reprodução e Transferência de Tecnologia. “Estes são os temas de maior interesse do setor produtivo, que será o maior beneficiado com os resultados das pesquisas”, destaca a secretária Maria Fernanda Nince.
O Projeto – O Projeto Pirarucu da Amazônia tem o objetivo de desenvolver atividades de pesquisa e transferência de tecnologia em Unidades de Observação (UOs) de engorda e reprodução do Pirarucu, na Região Norte. As ações são acompanhadas pelos parceiros da ação: Ministério da Pesca e Aquicultura – sob a coordenação da Sepoa -, Sebrae, Embrapa e CNPq.
O projeto, que ganhou velocidade a partir de fevereiro de 2012 e tem vigência até 2015, conta com a participação de produtores (privados) de Pirarucu, que sederam suas propriedades rurais para a instalação de 21 UOs. São 14 UOs de Engorda (duas em cada estado) e 7 UOs de Reprodução (1 em cada estado).
Um total de 30 pesquisadores atuam no Projeto, que também é acompanhado por especialistas de universidades e institutos federais de pesquisa. Os estudos são organizados em seis eixos: Genética, Sanidade, Nutrição, Engorda, Reprodução e Transferência de Tecnologia. “Estes são os temas de maior interesse do setor produtivo, que será o maior beneficiado com os resultados das pesquisas”, destaca a secretária Maria Fernanda Nince.
Os
pesquisadores estudam questões como a caracterização genética do Pirarucu, a
rastreabilidade genética da cadeia produtiva, a sexagem dos peixes, a formação
de casais, o comportamento reprodutivo, o número de fases de cultivo do
Pirarucu, o processo de fertilização nos viveiros, técnicas de transporte de
animais vivos, o uso de anestésico em situações necessárias e os diferentes
métodos de abate para a garantia de qualidade da carne processada.
As
ações – No decorrer deste ano, diferentes ensaios experimentais
(testes) foram realizados nas 21 UOs com o objetivo de monitorar o comportamento
do Pirarucu nos tanques/unidades de engorda e reprodução. No Tocantins, por
exemplo, os pesquisadores promoveram estudos para facilitar a certificação do
sexo dos peixes e a formação dos plantéis (casais).
Também
realizaram pesquisas para analisar o DNA dos reprodutores, identificar parasitas
do Pirarucu (para a prevenção de doenças potenciais) e melhorar o manejo
nutricional dos peixes. A ideia foi conhecer a alimentação/ração adequada para a
espécie, com o intuito de se obter um melhor desempenho na engorda e no
rendimento da carne do Pirarucu.
Para
o próximo ano, já estão programadas atividades em todos os sete estados. Entre
elas, a realização, no primeiro bimestre de 2014, de capacitação de criadores e
profissionais de assistência técnica rural sobre o manejo genético e reprodutivo
do Pirarucu nas Unidades de Observação do projeto.
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