domingo, 30 de março de 2014

Sepror solicita anistia de dívidas para produtores afetados pela cheia no AM

Reconheço que o pleito da SEPROR ao MDA é correto, mas já está no momento de encarar essas situações adversas com maior profissionalismo, tempestividade e sem tanto apelo político. Esses regulares pedidos  ao governo federal devem ser substituídos por instrumentos mais técnicos,  imediatos, e menos político. O Garantia Safra é apenas um deles, tem outros. O Seguro Várzea é outro caminho. Parece que estamos fazendo favor ao produtor rural prejudicado, mas as imagens comprovam que é uma questão de justiça e de extrema necessidade com quem contraiu dívida e não tem como pagar. Ao longo da semana, vou apresentar algumas sugestões para essa triste rotina que nossos produtores rurais estão enfrentando a cada ano. Precisamos encontrar alternativas que diminuam o gigantesco trabalho enfrentados com determinação pela equipe do IDAM nesses momentos de cheia e seca. Já ficou acertado que no Garantia Safra a ser implementado no Amazonas não teremos visitas "in loco" nas propriedades atingidas para operar o pagamento. Será definido por calha de rio/região, e por órgão competente, o nível das águas dos rios (na cheia e seca) que a ferramenta entrará em ação, ou seja, que haverá o pagamento dos R$ 850,00 ao ribeirinho.


Uma linha de crédito especial para agricultores do Amazonas que têm suas produções atingidas pela cheia dos rios deste ano e a anistia de dívidas, referentes a um empréstimo realizado após a cheia de 2012, foram solicitadas pela Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A Sepror acredita que a liberação deve ocorrer nos próximos dias. Os prejuízos por conta da enchente no interior do estado foram estimados em R$ 102 milhões pelo Governo do Amazonas. Mais de 27 mil toneladas de produtos cultivados já foram perdidos.
Segundo o titular da Sepror, Eron Bezerra, a linha de crédito pode estar disponível aos produtores em aproximadamente uma semana. O secretário explicou que os agricultores estão pagando o empréstimo realizado em 2012 e solicitou que os produtores sejam anistiados da dívida.
“Certamente vamos conseguir essa linha de crédito. Além disso, os produtores que fizeram o empréstimo anterior não têm como arcar com uma nova dívida”, afirmou Bezerra.
Segundo Bezerra, o valor da anistia deve ser custeado pelo Tesouro Nacional. Em 2012, os produtores tiveram acesso a uma linha de crédito especial com 40% de desconto no pagamento. O produtor rural tem dois anos de carência para realizar o pagamento do empréstimo.
“Se um produtor emprestou R$ 10 mil, em 2012, só paga R$ 6 mil. E esse valor ele ia começar a pagar exatamente agora, momento em que a região está sendo atingida pela cheia no interior do Amazonas”, explicou Bezerra.
Os prejuízos por conta da cheia no interior do Amazonas, em 2014, foram estimados em R$ 102 milhões pelo Governo do Amazonas. Pelo menos nove cidades do Amazonas decretaram estado de emergência por conta da cheia no estado. A enchente dos rios Purus, Madeira e Juruá já casou a perda da produção agropecuária em cinco municípios. Produtores rurais de Boca do Acre,Pauini, Ipixuna, Humaitá e Manicoré perderam juntos mais de 27 mil toneladas de produtos cultivados, segundo informações da Sepror.
Fonte: G1 Amazonas

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