No mercado desde o ano de 1997, a Cooperativa dos Produtores Agropecuários e Extrativistas dos Recursos do Município Naturais de Manicoré enfrenta, no ano de 2014, o maior prejuízo de sua história com o comprometimento de toda sua produção devido à cheia do Rio Madeira, que atinge aquele município e localidades do entorno. O triste resultado desse fenômeno natural está na comprovada falta de produtos para serem entregues aos parceiros, para os quais a cooperativa se comprometeu a fornecer.
Segundo o presidente da Coopema, Valter Perin, a banana e a melancia, carros-chefes da produção, foram integralmente perdidas com a elevação da marca do rio, que, segundo levantamento da Agência Nacional de Águas, datado de 30 de maio, chegou ao nível de 23,03 metros.
Em fevereiro deste ano, a perda já era de 80%. Em termos de toneladas. A banana soma perda superior a 45 toneladas e as melancias, aproximadamente, três milhões de frutos.
"Já estimamos prejuízo superior a R$ 1 milhão. Nossos associados e nem mesmo os não-associados ficaram a salvo dos danos. Possivelmente, só conseguiremos nos reestruturar daqui a três anos. Foi um ano de trabalho e planejamento perdidos", lamentou o presidente.
Perin disse, ainda, que o que mais preocupa é o fato de os convênios junto à Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), Secretaria Municipal de Educação (Semed), Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do governo federal não poderem ser atendidos e que, até o momento, nenhum tipo de solução foi apresentada pelos órgãos do setor.
"Vamos esperar o nível do rio voltar ao normal para reiniciarmos o trabalho e contabilizarmos o que ainda não foi avaliado, uma vez que além da banana e melancia, ainda plantamos banana tipo pacovã, que também foi perdida", frisou.
Texto: Carla Santos/Coopcom - Cooperativa de Comunicação do Amazonas
Fonte: Sistema OCB-Sescoop/AM
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