segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Japão negocia investimentos na região agrícola Matopiba (comentário)

A ADS, que faz parte do Sistema SEPROR, deveria atuar fortemente em busca de novas oportunidades econômicas ao Amazonas, mas precisa contar com o total apoio da "Compensa" que detém a força política para que a ADS entre com os argumentos técnicos. Sem isso, não haverá sucesso. O evento citado nessa postagem, que fala de encontro entre brasileiros e japoneses para viabilizar investimentos na região de Matopiba, vai acontecer em Palmas, Tocantins, terra da ministra Kátia Abreu. Dentro da estrutura do Sistema SEPROR deveria ser criada uma coordenação para operacionalizar todos os programas sob a responsabilidade do estado no setor rural, entre eles o PREME, PROMOVEIS, SUBVENÇÃO, FEIRAS e o PAA ESTADUAL deixando a ADS livre para captar e idealizar novas ações e programas que beneficiem o produtor rural do AM. Não estou falando em demissão, nem enxugamento, mas de reestruturação. O setor rural do AM, no âmbito estadual, precisa de um órgão que pense e planeje, atendendo o comando do secretário. 
No próximo dia 29, brasileiros e japoneses assinarão um memorando de cooperação para agricultura e alimentação com base em estudos e projetos para viabilizar investimentos do Japão na região do Matopiba. A princípio, os executivos do país têm interesse em projetos de milho, infraestrutura e logística.A área formada por mais de 73 milhões de hectares entre o Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia teve um forte avanço, nos últimos anos, na produção de grãos, comosoja, milho, algodão e arroz. A assinatura ocorrerá durante encontro em Palmas (TO) e contará com a presença da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e do vice-ministro de Assuntos Internacionais do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Hiromichi Matsushima.



A informação foi confirmada ontem (11) pela pasta do Brasil, sem revelar valores das possíveis operações.

O memorando será assinado durante o Seminário Brasil - Japão: intercâmbio econômico e comercial em agricultura e alimentos. Trata-se de um evento que apresentará para executivos das empresas japonesas com atuação no Brasil e em fundos de investimento japoneses as oportunidades oferecidas pelo agronegóciobrasileiro, com destaque para o Matopiba , diz a nota da pasta agrícola.

Na oportunidade, também será anunciada a criação da Frente Municipalista dos Prefeitos da região do Matopiba.

Procurada pela reportagem, a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) não pode se posicionar ontem em função de uma interdição nos trabalhos por conta de um feriado japonês.

Cenário da safra

Assim como as demais regiões produtoras, o Matopiba foi afetado negativamente pelo fenômeno El Niño. No final de janeiro, as fortes e constantes chuvas, que não tiveram trégua por pelo menos 20 dias, já causavam danos irreversíveis às lavouras de soja, principalmente do oeste da Bahia.

O excesso de umidade sobre as plantas tem possibilitado um rápido avanço de doenças e pior, os produtores não conseguem realizar as devidas pulverizações por conta das chuvas , avaliaram os especialistas da Somar Meteorologia na época.

Em contrapartida, o diretor- presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Tocantins (Aprosoja TO), Ruben Ritter, disse ao DCI que a seca atrasou o plantio da soja e já comprometeu parte da segunda safra. Para ele, a safrinha que já não era grande ficou ainda mais limitada.

Em razão da irregularidade climática, vamos ter a mesma colheita do ano passado. Crescemos cerca de 50 milhões de hectares, mas a produtividade está caindo , afirma o executivo. A estimativa é colher cerca de 2,3 milhões de toneladas da oleaginosa no estado. O número corrobora com a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para o órgão, trata-se de uma retração de 6,5% em relação ao resultado obtido em 2014/2015.

Para o Maranhão, a companhia projeta uma colheita de 1,92 milhão de toneladas, redução de 7% ante a safra anterior. Na Bahia a expectativa é de 4,56 milhões de toneladas, novamente uma redução, mas desta vez de 9,1% contra o último período avaliado. Para o Piauí são esperadas 1,72 milhão de toneladas de soja, baixa média de 2,2%.

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