terça-feira, 8 de março de 2016

(Leilão de Milho) - Eu avisei antes........


Bem antes de conhecer o resultado dos leilões de milho do Governo Federal, alertei que o pequeno e médio criador rural do Amazonas não conseguiria acessar. A previsão foi concretizada. Alertei, também, que, se houvesse algum interessado local, certamente seriam os grandes avicultores, ou seja, o de melhor estrutura física e financeira com atividade em Manaus. Fato também confirmado. Diante dos dados disponibilizados no site da CONAB, constatei que apenas 2 (dois) avicultores conseguiram comprar o milho do estoque público armazenado em Mato Grosso. Isso é bom, afinal de contas era essa a intenção do governo federal/MAPA, mas um número extremamente baixo diante da nossa realidade e necessidade. Novos leilões já estão programados, mas os resultados serão os mesmo. O que me impressiona é o silêncio da "Compensa" e da "Bancada Federal" que assiste o criador rural do Amazonas pagar altíssimos preços na saca do milho sem sequer avaliar o atual quadro e, no mínimo, encaminhar alguns pleitos. Penso que "carne e ovos" são itens fundamentais da segurança alimentar e nutricional de um povo. Também não tenho visto qualquer manifestação da Associação Amazonense dos Avicultores sobre o assunto. Enquanto isso, fui ao DB no último fim de semana e, mais uma vez, encontrei OVOS de Mato Grosso nas prateleiras (foto).  Os criadores de aves de MT estão em região produtora de milho e, também, ao lado dos armazéns que estão abastecidos de milho do estoque público. Em síntese, estão ao lado do milho que está sendo vendido pelo governo, sem complexas, caras e demoradas logísticas. No meu entendimento, o preço inicial desses leilões deve ser diferenciado, ou seja, não pode ser o mesmo para o Amazonas, assim como Roraima e Amapá. Tem de ser bem menor do que o praticado para os adquirentes de MT e estados vizinhos. No meu ponto de vista, esse seria um procedimento lógico que deve ser avaliado e pleiteado pelo estado. Só não cabe o atual silêncio que complica, ainda mais, nossa economia e nossa segurança alimentar

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