Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e o Ministério da
Integração Nacional assinaram hoje (2) termo de cooperação com o Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para investir R$ 2
milhões na capacitação de mulheres de baixa renda no Centro-Oeste em atividades
tradicionalmente masculinas, como a construção civil, agricultura mecanizada e
mecânica de automóveis.
O recurso será repassado ao CNPq para que publique, em até 45 dias, editais
de seleção de projetos em instituições de ensino e pesquisa que viabilizem a
formação de mulheres para o mercado de trabalho. A iniciativa começará no
Distrito Federal (DF) e nas cidades do Entorno do DF, em Goiás, com o
treinamento de 500 mulheres em mecânica e de 400 mulheres para a operação de
máquinas agrícolas.
Além dessas alunas, 440 já estão concluindo este mês cursos para trabalhar na
construção civil, oferecidos como projeto piloto pela Superintendência do
Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), ligada ao ministério.
“Há um nicho de mercado para as mulheres em algumas atividades, pois elas são
mais detalhistas e meticulosas que os homens”, defende o superintendente da
Sudeco, Marcelo Dourado. Para a secretária-executiva da SPM, Lourdes Bandeira, o
projeto “rompe com a visão tradicional” que limita as mulheres a atividades
específicas, como de cuidadoras, por exemplo.
Segundo o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, o projeto é de curta duração
(previsto para dois anos) e “se enquadra nos objetivos do CNPq em levar
conhecimento para todos os setores da sociedade" por ser voltado para mulheres
em situação de vulnerabilidade social .
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as
mulheres são maioria da população em idade ativa (53,7% ), mas minoria no
mercado de trabalho (45,4%). Elas são mais escolarizadas que os homens, porém
recebem, em média, menos de três quartos (72,3%) dos salários masculinos.
Edição: Carolina Pimentel
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