sábado, 4 de agosto de 2012

Sociobio tem novos preços mínimos

Benefício atinge produtores de frutos do açaí, baru, mangaba, pequi e umbu, além da amêndoa do babaçu, borracha natural extrativa, castanha do brasil com casca, entre outros.

Sophia Gebrim

Permitir ao extrativista receber um bônus caso efetue a venda do seu produto por preço inferior ao fixado pelo governo federal é o objetivo da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) para Produtos da Sociobiodiversidade. Instituído em 2009, o instrumento já beneficia mais de 20 mil pequenos produtores extrativistas em todo o país. Na última terça-feira (31/07), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), responsável pela execução do programa, divulgou os preços mínimos para a safra 2012/2013, na Portaria nº 701 do Diário Oficial da União.

Entre os produtos da sociobiodiversidade que recebem a subvenção do governo estão os frutos do açaí, baru, mangaba, pequi e umbu, além da amêndoa do babaçu, borracha natural extrativa, castanha do brasil com casca, cera de carnaúba tipo 4, fibra de piaçava e pó cerífero tipo B.

AÇÃO PRESERVACIONISTA

"Se um seringueiro vender 1 kg de borracha por R$ 2,00, a Conab poderá complementar com a subvenção de RS 1,91/kg, pois, hoje, o preço mínimo é de R$ 3,91/kg" explica a diretora do Departamento de Extrativismo da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Cláudia Calório.

Para ela, a política vai além de incentivo econômico aos produtores extrativistas. "Além de promover o desenvolvimento das comunidades, a PGMP para produtos da sociobiodiversidade é importante ferramenta na preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável das regiões onde esses pequenos produtores vivem". Ela destaca, ainda, o fomento social: "O subsídio promove a continuidade de todo um trabalho de produção dos produtos originários da biodiversidade local em regiões que, muitas vezes, sobrevivem da renda daquele produto da sociobio".

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