A CEPLAC/MAPA por meio de sua gerência no Amazonas (Geram), em parceria com a (JICA) Agência Internacional de Cooperação Técnica do Japão e a Fundação (HANDS) do Brasil Health Development Service, realizou treinamento de capacitação sobre Elaboração de Projetos de Crédito Rural para Agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural visando a execução do Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável das Regiões Cacaueiras do Brasil.
Esse trabalho da CEPLAC por meio da Gerencia de Desenvolvimento da Região Cacaueira do Amazonas (Geram) é desenvolvido em dois agroecossistemas. Um deles é nas várzeas dos rios de águas barrentas, fazendo o manejo sustentável dos maciços florestais com cacaueiros silvestres e o outro nas terras firmes, fazendo implantação de Sistemas Agroflorestais. Nestes sistemas são consorciados aos cacaueiros, espécies olerícolas, frutíferas, industriais e florestais em arranjos com até dezesseis espécies.
O público atendido pela CEPLAC/Geram é constituído por agricultores familiares tradicionais das terras firmes, por Assentados do INCRA, por Indígenas, por Quilombolas e por Ribeirinhos manejadores do cacau silvestre. São mais de cinco mil e quinhentos Produtores assistidos por dezesseis Escritórios Locais, estruturados pelas parcerias da CEPLAC com as Prefeituras Municipais, atendendo a vinte e dois municípios produtores de cacau. Neste processo estão envolvidos quarenta técnicos em agropecuária no campo fazendo Assistência Técnica e Extensão Rural utilizando a metodologia conhecida como Campesino a Campesino.
De acordo com o Gerente da Geram/Ceplac no Amazonas, Valdenor Cardoso, o resultado desse trabalho é a produção de cerca de 4.606 toneladas de cacau seco estimadas pelo IBGE para a safra atual. Ele disse que também há a perspectiva de crescimento na medida em que novos maciços florestais com cacaueiros nas várzeas forem incorporados ao manejo realizado pelos ribeirinhos. Estima-se, com bases técnicas, que existam cerca de cinqüenta mil hectares de maciços florestais com cacaueiros nas várzeas dos rios amazonenses, com viabilidade econômica para o manejo sustentável.
Valdenor explica que no Amazonas duas características do APL-Cacau têm atraído fortemente a atenção dos compradores de cacau: uma é que cerca de 95% do cacau produzido no Estado é de origem silvestre e atende às condicionantes de conformidade orgânica, cuja certificação já foi realizada em algumas comunidades rurais e a outra é a implantação do Sistema Agroflorestais – SAF - nas várzeas. Elas estão sendo desenvolvidas com cacau de recomposição das matas ciliares gerando renda, assim como nas terras firmes os SAFs incorporam áreas degradadas ao processo produtivo. Estas ações recuperam as reservas legais das propriedades. “A CEPLAC no Amazonas, com as suas parcerias, vem promovendo o real processo de desenvolvimento rural sustentável das regiões cacaueiras do Brasil”, afirmou o gerente regional.
Ele informou ainda, que o trabalho da CEPLAC no Amazonas conta com o suporte técnico dos experimentos sobre Manejo de Cacauais nas Várzeas e Sistemas Agroflorestais realizados junto aos produtores e na Estação Experimental Rio Negro em Boa Vista - Manaus. Ela conta também com o apoio do trabalho de ciência e tecnologia desenvolvido pelo Centro de Pesquisa do Cacau (CEPEC/BA) e do Centro de Extensão Rural (CENEX/BA).
ACS/Ceplac/Diret
Zenilda Araújo
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