A extração da fibra da piaçava, principal
atividade econômica do município de Barcelos, a 399 quilômetros de Manaus,
corresponde a uma produção de 2 milhões de toneladas/ano, gerando ocupação para
mais de 500 famílias. O governo do Estado, por meio do Instituto de
Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM) investe
no setor qualificando a mão de obra, prestando assistência técnica de qualidade,
como também, realizando encontros que visam o fortalecimento da cadeia
produtiva.
No mês de novembro, entidades como a Fundação
Vitória Amazônica (FVA), Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável (SDS), Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), Agência de
Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), Secretaria Municipal de Produção
e Abastecimento, Instituto Socioambiental (ISA), Cooperativa dos Piaçabeiros do
Médio e Alto Rio Negro (Copiaçamarin) e IDAM estiveram reunidos para apresentar
e discutir soluções que viabilizem melhorias para atividade.
De acordo com o engenheiro florestal do
IDAM/Barcelos, Derick de Lima Farias, o preço de produtos diferenciados entre os
pequenos comerciantes, falta de planejamento dos piaçabeiros, piaçabais virgens
muito distantes, e acidentes de trabalho são alguns dos entraves encontrados na
cadeia produtiva.
Segundo ele, dificuldades de transporte é outro
problema. “A condução da piaçava é complicada devido ao peso, pois uma cabeça de
piaçava chega a pesar de 40 a 50 kg”, explicou.
Para a gerente do IDAM/Barcelos, Gilciane
Plácido, estas discussões são importantes para fortalecer a atividade na região,
principalmente, por ser a principal fonte de subsistência das famílias
locais.
“O município já tem bons resultados com a
subvenção da piaçava, no mês de novembro, por exemplo, foram enviados a Conab 69
nove processos para análise e aprovação, o que correspondeu um valor de R$
60.475,60 equivalentes a 134,608 toneladas comercializadas no mercado local”,
ressaltou Gilciane.
Entre as soluções apontadas durante o encontro
estão: a construção de mini fábricas de vassouras nas comunidades para
fortalecer a cooperativa dos piaçabeiros, maior organização social, capacitações
que visam o controle de qualidade do produto, tabelar os preços das mercadorias
e buscar novos mercados para a piaçava.
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