Data: 30/11/2013 | ||
A região de Autazes no Amazonas conta com uma das maiores
reservas de potássio já encontradas em todo o mundo; o mineral é um dos
ingredientes do fertilizante agrícola (NPK) muito utilizado no setor primário.
Estudos na região já estão sendo realizados pela empresa Potássio do Brasil, que
já investiu cerca de R$ 150 milhões em pesquisas. Hoje o agronegócio do país
importa cerca de 94% do que consome. O assunto foi debatido nesta sexta-feira
(29/11) durante o seminário: “Reservas Minerais e de Óleo e Gás Natural na
Amazônia Ocidental”, no Studio 5 Centro de Convenções, durante a jornada de
seminários da sétima Feira Internacional da Amazônia (VII FIAM).
O
Objetivo do seminário foi apresentar uma visão geral dos principais arranjos
produtivos de base mineral e de óleo e gás na Amazônia Ocidental, considerados
os aspectos de inovação tecnológica, logística, do desenvolvimento de novos
clusters industriais, gás químico e de fertilizantes e do uso do gás natural
pelas indústrias do Pólo Industrial de Manaus (PIM).
O painel ‘A Amazônia
e o Programa Nacional de Fertilizantes’, teve como relator o presidente da
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço
e como palestrante o mestre em direito e assessor da presidência da Confederação
Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Reginaldo Minaré. Ambos
defenderam que o alto grau de importação é preocupante e que é fundamental o
Brasil buscar a autossuficiência na produção de fertilizantes.
Após
apresentar um panorama, como logística e tributação, o novo marco regulatório,
produção agrícola e o uso de fertilizantes, Reginaldo Minaré, indagou os
participantes sobre a posição do Estado, também deixou algumas sugestões, entre
elas, que se criasse um grupo representativo para enfrentar os desafios e se
posicionar nas decisões sobre o tema.
Na avaliação do presidente da FAEA,
Muni Lourenço, o tema foi muito oportuno, permitindo uma reflexão do assunto. “A
viabilização da exploração do potássio e de outros minérios da região para nós é
uma condição estratégica de segurança para o desenvolvimento do agronegócio
brasileiro, que é o setor que representa 36% dos empregos formais e 40% das
exportações do Brasil. Já temos a confirmação da empresa Potássio do Brasil que
está perfurando a jazida de potássio localizada em Autazes, da existência da
reserva mineral e da viabilidade técnica e ambiental de sua exploração,
iniciando a produção e comercialização no ano de 2018. Com isso teremos a
autossuficiência e não ficaremos mais reféns da importação de potássio do
Canadá, Rússia, Israel e Bielo-Russia".
O deputado estadual Sinésio
Campos, presente durante o seminário falou da audiência pública realizada em
setembro onde foram mobilizados senadores para uma proposta de criação de uma
Frente Parlamentar no Congresso Nacional para tratar sobre a exploração
comercial das reservas de Silvinita do Amazonas.
Foi anunciado por Muni
Lourenço que a Senadora Kátia Abreu, Presidente da CNA formalizou esta semana
sua adesão à Frente Parlamentar de Apoio a Exploração do Potássio, criada
recentemente no Congresso Nacional.
VII FIAM
A Feira Internacional
da Amazônia (VII FIAM), é um evento realizado pelo Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) por meio da SUFRAMA.
Acontece em Manaus até o dia 30 de novembro, no Studio 5 Centro de Convenções.
Entre a programação estão seminários, exposições de empresas multinacionais e
regionais, stand de países vizinhos, palestras, conhecimentos e serviços da
Amazônia brasileira, fortalecendo a divulgação do modelo Zona Franca de Manaus
(ZFM) e atraindo investimentos para a região. A entrada é
gratuita.
Diárcara
Ribeiro
Assessora de Comunicação
Sistema FAEA-SENAR
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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Federação da Agricultura e CNA participam do painel ‘A Amazônia e o Programa Nacional de Fertilizantes’, durante a jornada de seminários da Feira Internacional da Amazônia
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